Na 15ª edição do Fórum Europeu de Seguros, realizado nesta quinta-feira, 5, em Bruxelas, na Bélgica, o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras, Dyogo Oliveira, fez um apelo direto ao mercado segurador global: que se una em torno de soluções para a crise climática e da construção de uma posição conjunta na COP30, que será realizada em novembro deste ano, em Belém. Dyogo participou de painel ao lado de lideranças globais acompanhado de executivos do mercado brasileiro.
“Todos aqui nesta sala são stakeholders. Todos influenciam pessoas e têm meios de dialogar com seus governos. É hora de agir coletivamente para garantir que o setor de seguros seja visível e valorizado no arcabouço global das políticas climáticas”, afirmou em sua apresentação em uma conferência lotada.
Oliveira destacou que apenas o Brasil não será suficiente para garantir a presença do setor nas negociações da conferência. “A COP é uma negociação entre governos. Não basta que somente o Brasil defenda o papel dos seguros. Precisamos de uma mobilização global”, afirmou.
Segundo ele, esse reconhecimento é essencial para posicionar o seguro como um instrumento estratégico para enfrentar a crise climática, especialmente em um momento em que as negociações de mitigação vêm sofrendo entraves geopolíticos e, por isso, a agenda de adaptação ganha ainda mais importância.
No discurso, o presidente da CNseg apresentou também um panorama do mercado brasileiro de seguros, que vem registrando crescimento robusto nos últimos anos. Em 2024, o setor avançou quase 12% e alcançou 6,5% do PIB. A meta é chegar a 10% do PIB, patamar semelhante ao de países da OCDE. Apesar da recente criação de uma nova taxação sobre fundos de previdência, que pode afetar o desempenho de 2025, o setor segue otimista quanto à sua capacidade de contribuir com o desenvolvimento econômico e social do país.
Oliveira citou ainda o impacto crescente dos desastres naturais. No Brasil, a tragédia recente no Rio Grande do Sul gerou perdas superiores a R$ 100 bilhões – das quais apenas 6% estavam seguradas. O dado revela, segundo ele, uma profunda vulnerabilidade dos países em desenvolvimento e reforça a necessidade de ampliar o alcance da proteção securitária.
“Não podemos permitir que surjam zonas sem seguro. Precisamos inovar, criar sistemas globais de compartilhamento de riscos e desenvolver produtos inclusivos, que protejam também os mais vulneráveis. Clima é risco. E risco é o nosso negócio”, afirmou.
Assessoria de Imprensa CNseg
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