Estudo organizado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) concluiu que o setor de seguros apresenta baixo grau de concentração de mercado. O levantamento levou em conta 146 grupos associados à CNseg em Danos e Responsabilidades, Capitalização e Planos de Previdência, conforme tabela anexa.
“Uma forte concorrência entre os grupos seguradores, menores barreiras de acesso ao mercado brasileiro e investimentos em atualização tecnológica são alguns dos fatores que tornam o ambiente de negócios saudável no setor”, afirma o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira.
O levantamento da CNseg utilizou o indicador Herfindahl-Hirschman (HHI) para aferir o grau de concentração no setor. O HHI, para fins de aferição, acena com três níveis de classificação: abaixo de 15%, baixa concentração; entre 15% e 25%, moderadamente concentrado; e, a partir de 25%, altamente concentrado.
Esse indicador é usado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para aferir o grau de concentração antes de aprovar fusões e incorporações de empresas. É também usado pelo governo americano e do Reino Unido para evitar mercados concentrados.
146 grupos participaram do estudo avaliando o comportamento concorrencial de 16 ramos de Danos e Responsabilidades, oito da linha de Seguros Pessoais, que são os planos de previdência, além da Capitalização. A taxa geral do mercado segurador (excluindo-se Saúde) caiu de 12,8%, em 2016, para 10%, considerando 12 meses até agosto de 2022.
Nos ramos de Danos e Responsabilidades, dos 14 avaliados, em 9 a concentração é considerada baixa. Nos seis ramos de Pessoas, três apresentam baixa concentração e outros três, moderada concentração. O segmento de Capitalização, também examinado, registra baixa concentração de mercado.
Entre os ramos de baixa concentração estão as carteiras de Automóvel, Residencial, Empresarial, Grandes Riscos e Transportes. O ramo de Auto registrou HHI de 14,2% em 12 meses até agosto; o Residencial, 12,2%; e o Empresarial, 9,4%. Já os seguros de Grandes Riscos e o de Transportes, 9,9% e 8,3%, respectivamente.
Nos ramos de maior concentração, como o Seguro Habitacional, Rural, Marítimos e Aeronáuticos, esse comportamento está relacionado com a presença de empresas públicas, elevado grau de especialização, participação de resseguros e valores segurados elevados, destaca o presidente da CNseg.
O baixo nível de concentração é importante para ampliar o alcance da proteção e, dessa forma, contribuir para o crescimento sustentável e bem-estar social do País. “Estudos que avaliem a concorrência são sempre bem-vindos para corrigir impressões e percepções equivocadas do funcionamento dos mercados”, assinala o executivo.
Como exemplo, ele lembra o caso do seguro de Automóvel, que corretores acreditam ser concentrado, ao contrário do que diz o levantamento da CNseg. “Esse é, na verdade, um ramo de extraordinária competição entre grupos locais e estrangeiros, de uso intenso de novas tecnologias e de práticas comerciais tão diferenciadas a ponto de serem replicadas em outros países”, lembra Oliveira.
Hill + Knowlton Brasil
You may be interested

Papel das empresas na saúde financeira dos colaboradores
Publicação - 12 de setembro de 2025Não é de hoje que os números têm reforçado um fato alarmante: o endividamento das famílias brasileiras segue em uma crescente. Segundo a mais recente Pesquisa de…

Seminário na USP aborda o impacto da nova lei de seguros
Publicação - 12 de setembro de 2025Para Dyogo Oliveira, o setor está pronto para a regulamentação da Lei 15.140/2024 a partir de dezembro deste ano. "O seguro é um instrumento de equilíbrio dentro…

Evento destacou importância da qualificação no segmento de PPM
Publicação - 12 de setembro de 2025Durante o evento “Reflexões sobre a Resolução CNSP – LC nº 213/2025”, promovido pela Escola de Negócios e Seguros (ENS), no início deste mês, um dos temas mais debatidos…
Mais desta categoria

Maestro João Carlos Martins recebe o “Prêmio por Toda uma Vida Profissional”
Publicação - 12 de setembro de 2025

