A Porto, ecossistema de soluções de serviços de proteção com 18 milhões de clientes, firmou uma parceria com a WayCarbon, empresa global e referência em soluções climáticas voltadas para a transição justa e resiliente rumo a uma economia Net-Zero, para o desenvolvimento de um plano de descarbonização para a companhia. O projeto está alinhado aos objetivos estratégicos da empresa, visando a ambição de estruturar metas de redução de emissões baseadas na ciência, e contará com uma metodologia pioneira para o cálculo das emissões seguradas.
A Porto já calcula as emissões de gases de efeito estufa dos escopos 1, 2 e algumas categorias aplicáveis do escopo 3, e com apoio da WayCarbon, visa dar os próximos passos no tema. “O desafio base do projeto será o cálculo do escopo 3, que envolve a mensuração das emissões indiretas da cadeia de fornecedores da companhia (categorias 1 a 14), e um projeto específico para a categoria 15, referente às emissões financiadas e seguradas da Porto”, explica Higor Turcheto, Gerente de Mitigação da WayCarbon.
O trabalho ainda almeja o estabelecimento de metas de redução consistentes e engajamento da cadeia de valor em projetos de mitigação. “A Porto tem plena consciência de que o enfrentamento das mudanças climáticas é urgente e inevitável. Nossa Estratégia de Mudanças Climáticas, com foco na descarbonização, reflete esse compromisso em todas as etapas, desde o diagnóstico de emissões até a definição de metas de longo prazo com engajamento de diferentes stakeholders”, afirma Viviane Pereira, gerente de Sustentabilidade da Porto.
Metodologia inovadora para estimar emissões seguradas
O setor de seguros desempenha um papel importante na transição para uma economia de baixo carbono ao proteger organizações e pessoas físicas contra danos materiais causados pela mudança do clima. Com o aumento de desastres climáticos, a demanda por seguradoras cresce, especialmente em setores que requerem seguros específicos para adaptação. Conforme a transição para uma economia de baixo carbono e a contabilização do carbono evoluem, as seguradoras podem identificar quais os setores e negócios em suas carteiras necessitam de soluções mais refinadas para avançar na descarbonização, a exemplo da agropecuária, bastante afetada pelos efeitos das mudanças climáticas, desempenhando assim um papel ativo na transição climática.
Nesse projeto, o cálculo de emissões financiadas será feito pela Porto Asset (investimentos e participações) e pelo Porto Bank (operações de crédito e financiamento), o que representa um primeiro passo para o monitoramento desse indicador chave de impacto climático para instituições financeiras. Já as emissões seguradas serão baseadas em uma metodologia ainda mais recente, pioneira no Brasil. “Será o primeiro case brasileiro do cálculo de emissões seguradas. Utilizaremos a metodologia da Partnership for Carbon Accounting in Financials (PCAF) e uma solução integrada para contribuir com os desafios de gestão de emissões de GEE corporativas e do negócio. A visão integrada será relevante para dimensão de valores e impactos financeiros no processo”, avalia Bruna Araújo, Gerente de Finanças Sustentáveis da WayCarbon.
Outro ponto relevante do trabalho é o engajamento dos colaboradores e executivos da empresa no tema. “A Porto está adquirindo mais conhecimento sobre as metodologias empregadas, o que traz mais clareza de como e que tipo de projetos deverão atuar para a descarbonização do negócio. As ações de engajamento realizadas ao longo do projeto auxiliam tecnicamente o processo de coleta de dados, mas também fornecem um apoio estratégico para a equipe de sustentabilidade, ao demonstrar a relevância e resultados do projeto para diversas áreas da companhia”, explica Bruna Araújo.
“Na Porto, acreditamos que enfrentar as mudanças climáticas exige ações concretas e mensuráveis. A parceria com a WayCarbon marca um passo estratégico em nossa trajetória, trazendo inovação e fortalecendo nosso compromisso com a sustentabilidade. Estamos certos de que essa colaboração gerará resultados positivos tanto em nossas operações quanto em toda a cadeia de valor, promovendo práticas responsáveis e inspirando um futuro mais sustentável”, complementa Viviane.
BRSA
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