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14 May

PIB brasileiro deve atingir 3,1% e inflação 5,1% em 2023

7 de novembro de 2023
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A economia global continuará a enfrentar desafios, com um crescimento fraco devido ao impacto cumulativo do aperto da política monetária até o final de 2024. Esta é a principal conclusão do relatório Global Economic Outlook, divulgado no último mês pela Allianz Trade, líder global em seguro de crédito comercial.

No geral, os economistas preveem que o crescimento global do PIB diminuirá para +2,7% em 2023 e +2,4% em 2024, ficando abaixo dos níveis de 2019. No Brasil, espera-se uma taxa de crescimento de 3,1% para este ano, apenas 0,1% maior do que em 2022.

Segundo Roberta Fortes, economista sênior para Ibero-LatAm, as previsões de crescimento para o Brasil foram revisadas para cima neste ano (de 2,1% para 3,1%, anteriormente), principalmente devido a surpresas positivas no setor agrícola e uma resiliência no consumo no primeiro semestre, em grande parte explicada pela expansão fiscal e um mercado de trabalho favorável, apesar das condições financeiras restritas. Para 2024, a economista espera uma desaceleração na economia (como pode ser visto na tabela abaixo) devido a condições financeiras ainda restritas, uma desaceleração na economia global, expectativas de uma política fiscal mais rígida e uma provável pequena surpresa no lado agrícola.

O estudo foi conduzido pela equipe de economistas da Allianz Research, parte da empresa de seguro de crédito Allianz Trade, e analisou vários parâmetros econômicos de 15 países de todos os continentes para prever índices como níveis de recessão, inflação, crescimento do PIB, bem como aspectos políticos que poderiam influenciar as economias desses países.

Mercados Emergentes
Um capítulo do estudo indica que é esperado um crescimento moderado nos mercados emergentes, com várias economias importantes voltando a desacelerar. Os economistas apontam que o impacto da redução da demanda internacional é sentido principalmente em países mais expostos à China e à União Europeia, onde a contribuição para o crescimento do PIB em 2024 provavelmente será negativa. O relatório também analisou as contribuições para o crescimento real do PIB nos mercados emergentes em 2024, considerando a demanda doméstica e as exportações líquidas em uma escala de pontos percentuais. Note que a demanda doméstica deve ser o principal impulsionador do crescimento no Brasil.

Inflação à frente
É esperada uma desaceleração na inflação global nos próximos dois anos, com taxas de 6,3% este ano, 4,3% em 2024 e 3,4% em 2025, como mostrado na tabela abaixo. Essa tendência também é esperada para continuar no Brasil, com uma inflação de 5,1% em 2023, 4,2% em 2024 e 3,5% em 2025.

Os economistas afirmam que há evidências de que a atividade econômica está se encaminhando para uma desaceleração acentuada a partir do final de 2023. Uma passagem destaca: “Há evidências claras de que a política monetária está restringindo a atividade econômica, principalmente através da queda na demanda de crédito. Dado o efeito defasado da política monetária na economia real, a desinflação contínua e uma perspectiva econômica sombria, acreditamos que o banco central atingiu o pico cíclico nas altas das taxas de política”.

Além disso, os economistas esperam “alguma volatilidade” nas taxas de câmbio de moedas locais dos mercados emergentes até o final do ano antes de continuarem sua trajetória de queda. “À medida que alguns bancos centrais que agiram no início do ciclo começam a reduzir as taxas de juros (como Brasil, Chile e Polônia), esperamos que a dinâmica incerta da inflação torne essa fase inicial de normalização turbulenta. Isso pode se traduzir na necessidade de reverter algumas das reduções (mais provável na Europa Oriental) ou desacelerar as reduções de taxas de juros”, afirmam os autores.

Por fim, o relatório sugere que as ações de mercados emergentes estão posicionadas para um ano sem brilho em 2024, após ficarem atrás dos Estados Unidos novamente em 2023. Embora os mercados emergentes tenham ficado atrás dos EUA e da Europa, 2023 viu o retorno dos mercados fortemente ligados aos EUA e/ou ao setor de tecnologia.

“No entanto, as mesmas nuvens que pairam sobre o mercado dos EUA e que nos fazem esperar uma correção até o final do ano também se aplicam aos mercados emergentes, com o risco adicional de que o dólar dos EUA possa se fortalecer ligeiramente até o final do ano”, observa o relatório. A situação na China, embora crucial, é mais difícil de prever. Algumas avaliações baseadas em fundamentos parecem retratar as ações chinesas como baratas, mesmo quando a China faz a transição para taxas de crescimento estruturalmente mais baixas. No entanto, o componente político desafiador não convida ao otimismo, especialmente para investidores estrangeiros. Quanto ao primeiro aspecto, pode ser um ponto de entrada para investidores locais. Quanto ao segundo, se a saída de ativos chineses continuar, podemos ver um reequilíbrio do país nos principais índices de referência (o peso das ações chinesas ainda estava em 30% no MSCI Mercados Emergentes até o final de agosto) para melhor refletir os desafios pelos quais está passando, concluem os autores.

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