Ligado diretamente ao financiamento da habitação, por ser obrigatório, o seguro habitacional vem tendo um desempenho positivo em 2023. Nos primeiros cinco meses do ano, arrecadou R$ 2,6 bilhões, crescimento de 13% sobre o mesmo período de 2022. Além disso, pela última estimativa da Susep, o mesmo seguro habitacional representou, em maio, 5,4% da arrecadação de todos os ramos de seguros comercializados no país.
Mas de acordo com o presidente da comissão de Seguro Habitacional da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Lincoln Peixoto, se o cenário já é bom, as perspectivas para 2024 são ainda melhores. A razão está no programa federal Minha Casa Minha Vida, relançado oficialmente, no último dia 13 de julho, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei 14.620. “Este programa incentiva a construção civil e, consequentemente, os financiamentos habitacionais, impactando no seguro habitacional”, afirmou em vídeo gravado para a News FenSeg, a newsletter da federação.
O seguro habitacional é uma garantia para o crédito imobiliário e protege a família do mutuário, assegurando que ela permaneça com o imóvel na falta do mutuário por morte ou invalidez permanente. Para a instituição financeira que concedeu o financiamento habitacional, é a certeza de que uma eventual dívida será quitada.
O Minha Casa Minha Vida atenderá famílias com renda mensal de até R$ 8 mil, em áreas urbanas (que poderão adquirir, por meio de financiamento, imóveis de até R$ 350 mil) e de até R$ 96 mil ao ano, na zona rural (que poderão adquirir imóveis de até R$ 75 mil). Segundo Peixoto, as taxas de juros praticadas pelo programa federal, entre 4% e 8,16%, são “bastante atrativas”. O prazo de financiamento é de 35 anos. Além disso, outra novidade é que a lei acaba com a exclusividade da Caixa Econômica Federal como operadora do Minha Casa Minha Vida. Com a mudança, bancos privados, digitais e cooperativas de crédito poderão operar no programa.
Na avaliação do presidente da comissão FenSeg, com as obras do programa sendo contratadas a partir de agora, e os imóveis sendo entregues em 2024, o cenário é “favorável ao seguro habitacional”. “Quando esses imóveis começarem a ser entregues e os financiamentos começarem a ser efetivados, por consequência, o ritmo de contratação do seguro habitacional aumentará”, conclui.
Lupa Comunicação
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