O conceito “Open” vem se popularizando à medida que vão avançando as fases do Open Banking no Brasil. Caminhando na mesma direção, a regulamentação do Open Insurance está em andamento. Com isso, clientes e mercado têm aprofundado as conversas e reflexões sobre como e qual será o impacto do Open Insurance na vida dos usuários finais, corretores e seguradoras. Mas, afinal, o que vai acontecer daqui em diante?
No último dia 3 de agosto, a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) definiu a estrutura
inicial responsável pela governança do processo de implementação do Open Insurance, dividida entre Conselho Deliberativo, Secretariado e Grupos de Trabalho, que têm como objetivo a condução dos trabalhos técnicos, o diálogo com a sociedade e o setor, objetivando a viabilização de uma estrutura segura, inovadora e focada no cliente.
A partir de dezembro de 2021, inicia-se uma nova e importante fase no mercado segurador, em alinhamento com as três etapas previstas no cronograma do Open Insurance. A primeira delas, com previsão de início em 15 de dezembro, prevê o compartilhamento dos dados de canais de atendimento e produtos, por parte das empresas do setor. Em setembro de 2022 teremos o início do compartilhamento de dados pessoais e históricos e em dezembro de 2022 chegaremos ao compartilhamento de serviços, ambas etapas com troca de informações apenas mediante o consentimento dos donos desses dados.
Embora algumas seguradoras já possuam modelos de negócios em conjunto com Bancos (Bancassurance), o novo conceito propõe que o Open Insurance seja compatível e interoperável com o Open Banking, convergindo para a formação do Open Finance, que visa potencializar a inclusão e cidadania financeira dos clientes, possibilitando, por exemplo, o aumento do volume de seguro auto, que atualmente conta com cerca de 30% da frota de automóveis com até 10 anos segurada, enquanto em outros países, este volume é superior a 60%.
Outra possível consequência do Open Insurance é estimular que, com a permissão do compartilhamento de dados e históricos autorizados pelos clientes, as seguradoras tenham mais informações para análises e criem ofertas de seguros, com coberturas e assistências cada vez mais aderentes ao perfil de cada pessoa individualmente, gerando mais variedade, inclusão e autonomia para contratação.
Fazendo o papel de convergência entre os produtos que serão ofertados no mercado e os clientes está o papel do corretor, que se tornará cada vez mais um especialista na avaliação da real necessidade de cada pessoa até o encontro do produto ideal. Corretores autônomos e das corretoras de seguros já exercem um importante papel atualmente, principalmente ao considerarmos que a grande maioria das seguradoras não possuem relacionamento direto com os clientes, cabendo ao canal corretor esta interface de entendimento, consultoria e atendimento ao cliente.
Segundo a SUSEP, o setor de seguros já possui todas as condições e recursos operacionais e tecnológicos para que a agenda do Open Insurance não tenha as mesmas postergações ocorridas com as fases iniciais do Open Banking. De toda forma, é sempre bom observarmos as experiências vividas durante a implementação do Open Banking no Brasil e tirarmos proveito dos aprendizados. Neste sentido, a TecBan pode contribuir com todo o ecossistema, trazendo para o Open Insurance a expertise da implantação do Open Banking, reduzindo a complexidade de implementação e obtendo a conformidade com a regulação, agregando valor e permitindo que as corretoras, seguradoras e Sociedades Iniciadoras de Serviços de Seguros (SISS) possam continuar focadas em seus respectivos core business e no desenvolvimento de propostas de valor inovadoras voltadas para o benefício de seus clientes.
Assessoria de imprensa Máquina CW
* Fernando Tassin – Especialista em Novas Plataformas da TecBan.
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