O setor de seguros arrecadou R$ 70,77 bilhões no primeiro bimestre de 2025, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). O valor representa um crescimento de 3,6% em relação ao mesmo período de 2024. Apenas no mês de fevereiro, o setor movimentou R$ 35 bilhões, registrando alta de 9% em um ano. Apesar dos números positivos, a adesão da população brasileira a produtos de seguros segue baixa, apontando para um mercado com grande potencial de crescimento.
O diretor técnico da Sicoob Cecresp, Thiago Vale, destaca que o avanço nas vendas de seguros está atrelado, entre outros fatores, à percepção de risco por parte da população, especialmente em tempos de incertezas econômicas. “O setor de seguros é anticíclico e, historicamente, cresce em momentos de crise, quando as pessoas buscam proteger seu patrimônio. No Brasil, a penetração do seguro ainda é muito baixa. Apenas 30% da frota de veículos, por exemplo, está segurada, e menos de 20% da população possui seguro de vida e, mesmo assim, muitos não têm cobertura suficiente para amparar suas famílias em caso de imprevistos. Isso mostra o enorme espaço que o mercado ainda tem para crescer”, comenta Thiago Vale.
No cenário atual, os seguros mais procurados continuam sendo os de automóvel, vida e residencial. A maior familiaridade com esses produtos, aliada ao medo de sinistros como roubo, furto ou acidentes, reforça essa preferência. Ainda assim, o especialista ressalta que é importante lembrar que o seguro vai muito além do carro ou da casa. “Muitas pessoas não fazem seguro residencial por acharem que estão protegidas em relação a roubos, mas esquecem de outros riscos, como o de vazamentos que danifiquem apartamentos vizinhos, um sinistro que pode gerar altos custos e é passível de cobertura pelo seguro”, explica.
No ritmo do mercado, as cooperativas também têm registrado um crescimento expressivo. A Cooperemb, por exemplo, viu sua arrecadação em seguros aumentar 21% no primeiro trimestre de 2025, em relação ao ano anterior, índice superior ao avanço geral do setor.
Thiago pontua que o modelo cooperativista tem se mostrado um diferencial importante para os segurados, oferecendo benefícios financeiros, atendimento personalizado e soluções sob medida. “O cooperativismo cresce a cada ano no Brasil porque as pessoas estão percebendo as vantagens de participar de um modelo no qual todos cooperam para o benefício coletivo”, afirma.
Para aqueles que desejam adquirir um seguro, o primeiro passo é contar com a orientação de profissionais especializados, que possam indicar as melhores opções de acordo com as necessidades individuais ou empresariais. “No caso da Cooperemb, temos uma equipe técnica especializada que atende desde seguros de automóvel, vida e residência até soluções empresariais, riscos financeiros, contratuais, aeronáuticos e rurais. Temos cooperados de diversos segmentos e buscamos atender às demandas específicas de cada um deles”, conclui Thiago.
Pilares RP
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