Os pedidos de recuperação judicial por empresas brasileiras têm aumentado significativamente nos últimos anos, especialmente nestes primeiros meses de 2024. De acordo com dados da Serasa Experian, abril deste ano teve 184 solicitações, o que representa uma alta de 97,8% sobre o mesmo mês de 2023, quando foram 93 pedidos de RJ. Abril, até o momento, é o mês com mais pedidos de recuperação judicial em 2024, já que foram 183 solicitações em março, 169 em fevereiro e 149 em janeiro.
Se fizermos um comparativo do acumulado do ano, são 685 pedidos até o momento, uma alta de 79,3% em relação aos primeiros quatro meses de 2023. Segundo o levantamento, esse crescimento foi puxado por micro e pequenas empresas, que registraram 486 pedidos no quadrimestre, ou 70,9% do total. Companhias médias protocolaram 132 (19,3%), enquanto das grandes foram 18 (9,8%) requisições.
Entre as causas que, na avaliação da Serasa Experian, ajudam a explicar o crescimento dos pedidos de recuperação judicial, estão as taxas de juros em níveis ainda elevados, que desestimulam o consumo, e a inadimplência das empresas e dos consumidores.
“Em um ambiente em que o risco de crédito é mais elevado, os bancos passam a ter maior aversão ao risco. A consequência é que as operações de crédito ficam mais caras, já que o spread bancário passa a embutir esse cenário de incerteza, o que traz dificuldades ainda maiores para a atividade empresarial”, afirma Marco Menezes, diretor comercial da Wiz Corporate, unidade de negócios da Wiz Co.
Menezes ressalta que o Seguro de Crédito emerge como uma ferramenta cada vez mais importante para proteger uma empresa contra perdas financeiras. O seguro oferece cobertura contra a falta de pagamento por parte de clientes da carteira da empresa segurada. Quando um parceiro comercial deixa de cumprir com suas obrigações financeiras, a seguradora assume esse ônus, absorvendo o prejuízo que, de outra forma, ficaria com a própria empresa.
“Outra vantagem do Seguro de Crédito é facilitar o acesso a financiamentos, permitindo que a empresa faça operações de crédito com valores maiores e taxas menores. Isso porque esse seguro, ao mitigar o risco financeiro da empresa, acaba funcionando também como uma camada extra de proteção para o banco que lhe emprestará dinheiro”, comenta Juliana Botelho, especialista técnica da Wiz Corporate nos produtos de Crédito e Garantia.
A procura por esse tipo de produto vem crescendo ano a ano de forma consistente. Dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados) mostram que a emissão de prêmios (ou seja, a contratação de novos seguros de crédito) avançou 30,18% em 2021, 18,81% em 2022 e 5,22% em 2023.
“Nós temos percebido esse mesmo movimento dentro da Wiz Corporate. Nossas vendas de seguro de crédito subiram 739% em relação ao primeiro bimestre do ano passado. Ao mesmo tempo em que o crescimento dos pedidos de recuperação judicial é um sintoma preocupante para o mercado, o seguro de crédito traz uma proteção significativa para as empresas, pois evita os riscos de um default em suas carteiras de recebíveis. É um produto que merece ser mais difundido”, analisa Menezes.
InPress Porter Novelli
You may be interested
Empresas e negócios estão seguros de queimadas e incêndios?
Publicação - 20 de setembro de 2024Nos últimos 40 anos, quase 1/4 do território brasileiro pegou fogo. As ocorrências de queimadas e incêndios florestais vêm batendo recordes históricos de frequência e severidade, afetando…
Grupo Bradesco Seguros reforça seu compromisso com a saúde mental
Publicação - 20 de setembro de 2024– A campanha Setembro Amarelo, celebrada no Brasil desde 2015, reforça a importância da valorização da vida. Nesse sentido, um dos principais temas é o cuidado com…
MAPFRE promove roadshow com corretores de seguros de Minas Gerais
Publicação - 20 de setembro de 2024A MAPFRE, companhia global do mercado segurador e financeiro, realizou um encontro exclusivo com 60 corretores de seguros de Minas Gerais no Instituto Inhotim, museu de arte…