Para entendermos um pouco melhor sobre a gestão de risco e exclusão da cobertura de alagamento, preciso antes esclarecer alguns pontos importantes sobre o gerenciamento de risco propriamente dito. Muito se vincula o gerenciamento de riscos somente às apólices de seguros, mas esta condução vai muito além disso.
Ter um gerenciamento de riscos atuante deveria ser tão importante para as empresas quanto ter uma área financeira ou comercial eficiente. Este é um setor pulsante e de alto valor operacional para os negócios.
Há muitos anos atrás, começamos a ter principalmente no setor industrial, a contratação de profissionais que elaboravam planos de contingência para as indústrias, esta é uma prática em alguns setores da economia, porém o meu questionamento é: será que damos o devido valor e atenção para este assunto?
No meio do processo, está o mercado de seguros que protege os clientes que podem utilizá-lo para transferir os riscos. Mas, até para que estes riscos/valores sejam bem dimensionados, amparados pelas apólices e indenizados, em caso de um sinistro, o mapeamento dos riscos tem que estar enquadrado e adequado.
Por este motivo, desenvolver uma matriz de riscos para o seu negócio, analisando riscos seguráveis e não seguráveis, impacto e severidade destes riscos é o primeiro passo para que a empresa tenha um gerenciamento de riscos assertivo.
Algumas coberturas das apólices patrimoniais estão cada vez mais difíceis de ser contratadas, seja porque seus limites são muito baixos ou por alguma limitação do mercado segurador. Observando com atenção a tragédia que devastou o estado do Rio Grande do Sul, podemos identificar estes números com muita clareza. O mercado segurador ainda não tem os números exatos de indenizações a serem pagas. Porém, já se sabe que na carteira de Property, as indenizações não são as mais expressivas, pois muitos clientes não contratavam a cobertura de alagamento ou possuíam coberturas com limites baixos.
Após todo este acontecido, o que podemos esperar de movimentação do mercado é, com certeza, a restrição ainda maior para a cobertura de alagamento. Provavelmente, em algumas regiões nem seja mais possível a contratação.
A partir daqui, voltamos para a questão da gestão de riscos. Se transferir risco não será uma opção, temos que analisar e mitigar os impactos de possíveis sinistros.
Muitas vezes, o gerenciamento de riscos é visto apenas como um “custo” para os negócios, mas não é bem assim. Na verdade, ele pode ser o que vai garantir a continuidade operacional e a saúde financeira da empresa. Ele é um aliado para o presente e para o futuro.
Aos líderes e gestores, recomendo que procurem profissionais qualificados e que consigam mapear seus riscos de forma efetiva, olhando dentro da sua operação quais são os riscos de maior e menor impacto e o que pode ou não ser transferido ao mercado segurador.
As empresas têm que ser as maiores interessadas em proteger seu patrimônio e garantir a continuidade de suas operações. O mercado de seguros trabalha em um modelo de mutualismo, ou seja, quanto mais importância as companhias derem à sua gestão de riscos, mais segurança e apetite o ramo segurador e ressegurador terá.
O fomento de ações preventivas e de segurança possibilita um futuro mais equilibrado, com previsibilidade e com riscos minimizados. É preciso entender que investir em gerenciamento de riscos é parte prioritária no planejamento estratégico de uma empresa e, quem se preparar mais, seguirá mais forte. Temos um novo cenário de desafios, mas também de muitas oportunidades para aqueles que tiverem visão. A mudança já começou. Quando você vai priorizar o gerenciamento de risco na sua empresa? Pense nisso.
Erika Figueiredo Comunicação
*Por Lygia Muriel, diretora-executiva do Grupo Apisul SP
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