Campanha global, sem fins lucrativos, voltada aos países do G20 , o 30% Club tem como missão promover a equidade de gênero nos Conselhos de Administração das 100 maiores companhias do mercado de Capitais e também nas posições C-Level. Liderada por presidentes de Conselho e CEOs, a iniciativa nasceu em 2010, no Reino Unido, por Helena Morrissey, que identificou o desafio e decidiu trabalhar para mudar o cenário existente. Na época, as executivas representavam menos de 12% nos Conselhos de Administração do Reino Unido (hoje, segundo o 30% Club, já são mais de 40%).
O bem-sucedido projeto não demorou a ser expandido e atualmente está presente em 11 países do G20, grupo formado pelas maiores economias do mundo. E o Brasil, claro, não ficou de fora. O capítulo nacional, batizado 30% Club Brazil, teve início em 2019. “A nossa visão aspiracional é que o Brasil atinja os 30% da equidade de gênero nos Conselhos de Administração até 2026”, destaca a Presidente do Conselho Consultivo do 30% Club Brazil, Anna Guimarães (foto), executiva que atuou por mais de 10 anos como CEO, além de acumular posições em Conselhos de Administração e Fiscal, bem como em Comitês de Auditoria, Gestão de Riscos e Inovação & Tecnologia.
O 30% Club Brazil, que é formado por executivos com experiência em Governança Corporativa e na liderança de organizações de diferentes segmentos da economia, já mostra resultados. De acordo com o relatório 30% Club Gender Balanced – Chapter Brazil, da PwC, no ano de lançamento (2019) eram 8,5% de conselheiras nas maiores empresas do País; hoje são 20% nos Conselhos das integrantes do IBrX 100, indicador do desempenho médio das cotações dos 100 ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro. O bom desempenho coloca o país na oitava posição entre todos os participantes do 30% Club globalmente (21 Capítulos atualmente).
“Estudos globais a respeito da equidade de gênero demonstram uma relação entre a liderança diversa e melhor desempenho financeiro das companhias. A razão em adotar 30% se deve ao fato desta ser a porcentagem mínima em um grupo capaz de influenciar a maioria”, explica Anna Guimarães, que, além de Presidente do Conselho Consultivo do 30% Club Brazil, é Mestre em Ciência pelo ITA e possui MBA pela USP.
Para alcançar a meta de 30% no Brasil, a iniciativa promove diversas ações como a premiação 30% Club Brazil Award, que é realizada com base nos resultados de estudo do Boardwomen Index IBrX100 promovido pelo 30% Club Brazil em parceria com a PwC, A premiação tem como finalidade reconhecer as companhias do IBrX 100 que contemplam 30% ou mais de mulheres nos seus Conselhos de Administração. Na sua primeira edição, realizada em novembro de 2023, a premiação contemplou as seguintes 17 companhias do IBrX100: B3, Banco do Brasil, BRF, Cogna Educação, Grupo Carrefour Brasil, Hypera, Magazine Luiza, M. Dias Branco, Natura, Porto, Rumo, Santander Brasil, Suzano, TIM Brasil, TOTVS, Vivara e Vivo (Telefônica Brasil).
Para 2024, a cerimônia de premiação irá ocorrer no dia 30 de outubro . “A expectativa é que essas 17 Companhias inspirem as demais 87 e abram caminho para que na segunda edição do prêmio possamos dobrar o número de companhias contempladas. “Na prática funcionamos como uma rede espontânea de influência, em que cada membro estimula outros CEOs e presidentes de conselho a aderir à causa, que não tem a ver apenas com igualdade de gênero, mas também com geração de valor”, garante Anna.
O modelo de Governança adotado pelo 30% Club Brasil é similar ao de uma Cia do IBrX100, com Conselho, neste caso consultivo, e com 6 Comitês de assessoramento:
– Investors Group
– Comitê Ativação
– Comitê ESG
– Comitê Inovação & Tecnologia
– Comitê Comunicação & Marketing
– Comitê Educação. O grupo também colabora com o Balance for Better Business e a Iniciativa de Diversidade dos Conselhos Estaduais.
“Nosso foco é amplificar o impacto e fortalecer o movimento em prol da equidade de gênero em todo o país. Essa abordagem colaborativa é fundamental para criar mudanças sistêmicas e duradouras”, reitera Márcia Kitz, Vice-Presidente do Conselho Consultivo do 30% Club Brazil.
Com medidas concretas para aumentar a equidade de gênero nos conselhos e na alta liderança das empresas, a ideia é transformar o mercado de trabalho. “Apoiamos a equidade de gênero em seu sentido mais amplo. Acreditamos que apenas as organizações que fomentam culturas verdadeiramente inclusivas – culturas que abraçam mulheres, que parecem, agem e, mais importante, pensam de maneira diferente – podem atingir seu potencial máximo para impactar positivamente a sociedade, seus mercados e suas comunidades”, enfatiza Anna Guimarães.
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