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26 Apr

ANS disponibiliza mapa assistencial da saúde suplementar

20 de julho de 2021
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O setor de planos de saúde realizou 1,3 bilhão de consultas, exames, terapias, cirurgias e procedimentos odontológicos em 2020, 17,2% a menos que em 2019. A queda mais acentuada foi no número de consultas, que apresentou redução de 25%. Os dados sobre o atendimento prestado pelas operadoras de planos de saúde de assistência médico-hospitalar e odontológica no País estão disponíveis no painel dinâmico Mapa Assistencial 2020, ferramenta interativa que facilita o acesso às informações, amplia a transparência e permite maior interatividade aos usuários.

Consulte o Mapa Assistencial : https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiZDFkODkxNzMtODgwNC00ZTFiLTg2MzUtZm

No Mapa Assistencial é possível verificar, entre outros dados, a quantidade de internações, consultas, terapias e exames, bem como os custos assistenciais informados pelo setor. Esta edição conta, ainda, com uma seção temática especial, com breve análise da utilização de serviços de saúde no setor para enfrentamento da pandemia de Covid-19.

A publicação é elaborada a partir das informações de produção de serviços de saúde encaminhadas periodicamente pelas próprias operadoras de planos de saúde à ANS e considera a média de procedimentos realizados e informados pelo Sistema de Informações dos Produtos (SIP) da ANS. Para a análise sobre utilização de serviços de saúde relacionados à pandemia de Covid-19, foram utilizados dados recepcionados na base do padrão TISS (Troca de informação da Saúde Suplementar).

“Os números do Mapa Assistencial revelam, de forma detalhada, a redução de uso do plano de saúde no ano em que a pandemia de Covid-19 alterou a rotina das pessoas, inclusive no que diz respeito aos cuidados com a saúde. Nota-se que por conta das medidas de isolamento e distanciamento social, grande parte dos procedimentos não urgentes deixaram de ser realizados”, aponta o diretor de Normas e Habilitação dos Produtos, Rogério Scarabel.

As consultas médicas em geral apresentaram redução de 25,1% em 2020 em comparação com 2019, passando de 6 consultas anuais para 4,4 por beneficiário. As terapias diminuíram 23,7% e as internações hospitalares tiveram queda de 14,7%. De acordo com o DATASUS, as reduções no Sistema Único de Saúde (SUS) para consultas e internações foram de respectivamente 25% e 16%.

Em relação às doenças do aparelho circulatório (doenças cardiovasculares) – uma das principais causas de morte no Brasil – a redução geral de hospitalizações foi de 8,9%; e a realização de consultas com cardiologista caiu 22,6% em 2020 em relação ao ano anterior. O Mapa Assistencial, no entanto, apontou um aumento nas internações específicas para infarto agudo do miocárdio (15,2%), insuficiência cardíaca congestiva (9,8%), e acidente vascular cerebral (12,8%).

“Diante do panorama apresentado em 2020, é importante ressaltar que as operadoras que possuem programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças, que realizam a coordenação do cuidado com fortalecimento da atenção primária em saúde, e que adotam boas práticas de atenção à saúde, têm maiores chances de alcançar melhores resultados em saúde para os seus beneficiários, evitando desperdícios e, consequentemente, reduzindo custos”, enfatiza Scarabel.

CONSULTAS
Em relação às consultas médicas com especialistas, os dados do Mapa 2020 apontam que as especialidades mais afetadas foram a pediatria (-35,4%), seguida da otorrinolaringologia (-32%). As consultas médicas em pronto-socorro por beneficiário apresentaram queda de 25,1% em 2020 no comparativo com 2019.
Também sofreram redução os atendimentos com fisioterapeutas (-29%), fonoaudiólogos (-21,5%) e nutricionistas (-28,1%). As consultas/sessões com psicólogos sofreram redução (-7,9%), porém menor do que dos outros profissionais desse grupo, possivelmente devido ao impacto da pandemia na saúde mental da população.

EXAMES
Sobre os exames para diagnóstico do câncer, verificou-se em 2020 redução de 28,3% de mamografias (convencional e digital); de 24,4% de exames de citopatologia cérvico-vaginal oncótica (em mulheres de 25 a 59 anos); de 37,3% de exames de pesquisa de sangue oculto nas fezes (50 a 69 anos); e de 31,8% de colonoscopias. Esses números geram preocupação em relação à detecção e tratamento precoces de neoplasias, que aumentam as chances de cura dos pacientes.
Em relação aos exames de alta complexidade e maior custo, observou-se redução de 24,5% de ressonâncias magnéticas realizadas por beneficiários de planos de saúde e de 3,8% nas tomografias computadorizadas. As tomografias computadorizadas de tórax em 2020 foram muito utilizadas para acompanhamento de complicações da Covid-19, o que pode explicar a redução menos acentuada na utilização do total agregado.

TERAPIAS
As terapias eletivas realizadas em regime ambulatorial também apresentaram redução em 2020 (-23,7%). Dentre elas, destaca-se a radioterapia de megavoltagem que sofreu queda de 20%. A quimioterapia sistêmica apresentou queda de apenas 1,4%, apontando alguma continuidade do tratamento de pacientes com câncer já diagnosticado ao longo da pandemia.

INTERNAÇÕES
As internações cirúrgicas sofreram queda de 21,5%, enquanto as clínicas sofreram uma redução menor, de 6,7%. Vale frisar que as internações por Covid-19 são consideradas, em geral, internações clínicas, que não requerem intervenções cirúrgicas, salvo em casos específicos. O adiamento de cirurgias eletivas pode ser observado especificamente na redução de 34,3% de cirurgias para revisão de artroplastia; e na queda de 27,1% das internações em hospital-dia. Por outro lado, observou-se um aumento de 9,8% nas internações domiciliares, possivelmente para preservar os pacientes do contato com o coronavírus no ambiente hospitalar.
As internações obstétricas sofreram pouca alteração (-1,7%), o que é coerente, dada a impossibilidade de adiamento dos partos. Já as internações pediátricas por doenças respiratórias (0 a 5 anos) caíram significativamente em relação ao ano anterior (-48,2%), o que pode ser explicado pela suspensão da ida presencial a creches e escolas, fazendo com que as crianças ficassem protegidas de infecções respiratórias comuns decorrentes do contato com outras crianças.
A redução de 15,4% das hospitalizações por causas externas (como quedas e acidentes) é atribuída às medidas de distanciamento social, que resultaram em menor circulação de veículos e pessoas nas ruas e redução de acidentes. Também entram nessa classificação casos de lesões com armas e envenenamento.
Na saúde suplementar, as internações por câncer sofreram redução de 18,9%, o que inspira grande preocupação pois tal redução deve estar associada à falta de diagnósticos devido à queda no número de exames e biópsias. Segundo as informações encaminhadas à ANS pelas operadoras, a maior queda ocorreu nas internações para tratamento cirúrgico de câncer de próstata (-24,3%).

ODONTOLOGIA
Em 2020, houve queda de 15,8% na realização de procedimentos odontológicos. As consultas odontológicas iniciais caíram 18,5%; os procedimentos preventivos, caíram 16,1%; e os tratamentos endodônticos em dentes permanentes tiveram redução de 25%.

PROCEDIMENTOS RELACIONADOS À COVID-19
Exames para detecção do novo coronavírus: houve aumento gradativo dos exames específicos para Covid-19 no decorrer dos trimestres do ano de 2020. A pesquisa por RT-PCR, que foi incorporada ao Rol de coberturas obrigatórias em março de 2020, respondeu por 84,63% do total de exames para detecção do vírus. Já os testes sorológicos, incorporados em agosto de 2020, perfizeram 15,22% desse total. Outros exames de detecção de vírus respiratórios foram responsáveis por 0,14% do total.

Internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave e Covid-19: o impacto da pandemia na assistência hospitalar foi analisado através do número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e internações específicas por Covid-19. Pode ser observado que os eventos de internação por essas causas apresentaram ou um aumento significativo a partir do segundo trimestre de 2020, que permaneceu nos trimestres posteriores, coincidindo com o agravamento da epidemia no País.

É importante destacar que a informação do código da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) não é de envio obrigatório na troca de informações entre operadoras e prestadores, por determinação judicial, o que pode gerar limitações na identificação das causas de internação.

Assessoria de Imprensa ANS

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