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Mulheres se destacam em postos relevantes, mas é preciso avançar

9 de março de 2021
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Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as mulheres estão cada vez mais despontando no universo executivo, e se consolidando em posições muito relevantes. A constatação é feita pela diretora Comercial e Marketing da Delphos, Elisabete Prado, que, apesar disso, aponta a necessidade de se avançar muito mais. “Ainda temos uma longa caminhada para chegar ao equilíbrio. Tenho uma imensa frustração, por exemplo, com o fato de o governo ter tido que criar uma Lei (que não necessariamente é cumprida) para obrigar as Sociedades Anônimas de Capital Aberto a terem no mínimo 20% de mulheres em seus Conselhos de Administração. Isso significa que estamos muito abaixo desse percentual”, comenta a executiva.

Elisabete Prado revela que, na Delphos, as mulheres correspondem a 31% do efetivo. Admite que em termos absolutos, o número ainda é pequeno. Contudo, ressalva que a empresa tem mulheres em posições muito relevantes, como, por exemplo, na coordenação das áreas de gestão de processos, Jurídica, RH, Segurança da Informação, Compliance e LGPD.

Acredita que apesar dos avanços, ainda é preciso evoluir bastante em questões como a que envolve mulheres desempenhando cargos de comando em um ambiente predominantemente masculino. “Conheço mulheres talentosíssimas, com oportunidades reprimidas, e com níveis de subordinações muito desequilibrados”, acentua.

Elisabete relata que conseguiu conquistar espaços e ser reconhecida pela qualidade do seu trabalho. Mas admite que “talvez seja uma iluminada ou um ponto fora da curva” por nunca ter enfrentado qualquer problema de aceitação. “Desde a minha primeira promoção, quando passei de analista de sinistros para encarregada de departamento, até hoje, na Diretoria da empresa e substituta eventual do Presidente em suas férias, nunca tive que lidar com nenhum tipo de rejeição. As coisas foram acontecendo de forma natural, no devido tempo, e sempre com muita colaboração por parte das equipes que liderei”, acrescenta.

A trajetória profissional de Elisabete Prado começou cedo, na década de 1980. Era muito jovem e recém-formada em Ciências Atuariais, carreira que, naquele tempo, era predominantemente “masculina”, quando escolheu a Delphos porque desejava ingressar no mundo dos seguros e” transitar pelos diferentes ramos que, até então, só conhecia de forma acadêmica”.

Entre os desafios enfrentados no início, ela cita a necessidade de ser “percebida”, uma vez que ficava na sucursal de São Paulo, longe da sede da empresa, no Rio de Janeiro, onde estava o “board” (100% composto por pessoas do sexo masculino). “Com mais de 400 colaboradores, quem é que iria prestar atenção em uma menina, contratada para compor um departamento de sinistros?”, indaga.

Mas, ela foi percebida e, então, o desafio passou a ser como criar valor no serviço que realizava, de forma que fizesse alguma diferença. Além disso, lembra que, a partir dessas diferenças criadas, o dilema era fazer “sempre um pouco mais, de forma a consolidar uma carreira pautada em credibilidade e competência”.

Hoje, não enfrenta qualquer resistência por parte dos colaboradores em relação às ordens de comando. “Me considero educada, solidária, agregadora e tolerante – sem ser permissiva. Talvez por ter esse perfil, creio que conquistei o respeito por parte dos colaboradores sem cair nas armadilhas das políticas caóticas de falsas lideranças”, observa.

Além disso, ela diz que “gosta de acreditar” que as dificuldades ou vantagens não têm relação com o sexo, mas, sim, com a competência de cada um, com o ambiente de trabalho de cada empresa e com os tipos de profissionais que estão na alta governança das organizações. Assim, acredita que, “no ambiente onde predomina a ignorância e o preconceito, não tem jeito”, o que, na visão de Elisabete Prado, vale não apenas para as questões ligadas ao sexo, mas, também, para a cor, credo, raça, orientação sexual, aparência física, etc…!

Por fim, não gosta de dar conselhos por considerar isso um tanto “arrogante”, pois cada profissional tem uma trajetória de vida e nem sempre as oportunidades estão ao alcance. Mas ela lista alguns requisitos que, quando possíveis, devem ser privilegiados: “A mulher deve estudar muito e estar sempre atualizada sobre os assuntos que tenham relação com os objetivos que deseja alcançar, com os trabalhos que deseja desenvolver, ou com as posições que pretenda disputar; lembrar que o crescimento profissional requer uma visão generalista do mundo; estabelecer um equilíbrio entre o comportamento emocional e o racional, de forma a não descaracterizar sua leveza feminina, e, ao mesmo tempo, não permitir que isso seja interpretado como fraqueza; não valorizar essa questão de diferença de sexo, e agir ela própria de forma igualitária; e, por fim, deve ir à luta e conquistar o seu espaço!”, conclui.

VTN

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