Homenageado p CVG-SP em nome de todos os fundadores da entidade, que completa 38 anos no dia 25 de maio, Paulo de Tarso Meinberg agradeceu a deferência
No almoço CVG-SP, o presidente da FenaPrevi afirmou que caberá ao mercado de seguro de pessoas oferecer à população a proteção que o Estado não terá condições de suprir
Independentemente dos rumos da reforma da Previdência Social, o mercado de seguros terá um importante papel a cumprir na oferta da proteção que a população necessita, mas que o Estado não poderá suprir. Esta foi a mensagem do presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Jorge Nasser, durante sua participação em almoço do CVG-SP, realizado no dia 22 de maio, no Terraço Itália, em São Paulo.
Nasser apresentou dados que comprovam a necessidade de mudança no atual regime de Previdência Social, começando pelo déficit de R$ 309 bilhões estimado para este ano. Atualmente, a dívida previdenciária representa quase 14% do PIB. O sistema consome três vezes mais recursos do governo do que a educação, saúde e segurança, representando um gasto de R$ 716 bilhões.
Mas, outros fatores levam o presidente da FenaPrevi a acreditar que a população precisará cada vez mais da proteção do seguro e da previdência privada. Um deles é o aumento da longevidade dos brasileiros. Em 2050, a parcela da população mundial de idosos será composta por 2 bilhões de pessoas. O Brasil, que até 2016 já somava 24 milhões de pessoas acima de 60 anos, chegará a 2060 com 73,5 milhões de idosos. “Significa que as pessoas precisarão de proteção por um tempo maior”, disse.
O aumento da expectativa de vida dos brasileiros é outro desafio. Em 1940, a expectativa de vida ao nascer era de apenas 45 anos. Em 2016, saltou para 76 anos. Já a expectativa de sobrevida aos 60 anos, que era de 76 anos em 1980, atingirá 82 anos em 2019. “Vejam o potencial desse mercado e o quanto seremos desafiados por soluções para os brasileiros que precisarão cada vez mais de proteção”, disse.
Nasser enxerga o mesmo potencial também no seguro vida, que, atualmente, tem baixa penetração. Em comparação a países como o Reino Unido, em que o seguro de vida representa 9% do PIB, ou os Estados Unidos, com 3%, o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer. No país, o seguro de vida representa apenas 0,58% do PIB. Para Nasser, significa que o Brasil tem muito a avançar nesse sentido.
Nasser enxerga o mesmo potencial também no seguro vida, que, atualmente, tem baixa penetração. Em comparação a países como o Reino Unido, em que o seguro de vida representa 9% do PIB, ou os Estados Unidos, com 3%, o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer. No país, o seguro de vida representa apenas 0,58% do PIB. Para Nasser, significa que o Brasil tem muito a avançar nesse sentido.
Novas tecnologias
O avanço das novas tecnologias, na visão de Nasser, representa uma resposta à demanda da sociedade por conveniência em vários segmentos, de meios de pagamento à delivery de comida. Tanto que os principais ícones dessa era digital, como Waze, Uber, Spotify e outros, provocaram disrupções em vários segmentos, que tiveram de se reinventar.
Qual será a próxima onda? “O seguro”, respondeu Nasser, que manifestou sua preocupação com a adequação do mercado. “Os profissionais precisam entender essas mudanças como oportunidades”, afirmou. Ele estendeu o recado aos corretores de seguros, salientando que o digital veio para resolver problemas relacionados a processos, serviços e conveniência, sem eliminar o valor do relacionamento e consultoria do elemento humano. “A tecnologia não substituirá o nosso papel, mas trará mais velocidade para desenvolvermos produtos, serviços e soluções”, disse.
Nesse aspecto, o presidente do CVG-SP, Silas Kasahaya, lembrou que o seguro de vida era tido no passado como a promessa do futuro. “O seguro de vida já é o presente e ainda temos muito a desenvolver”, disse. Nasser concordou e afirmou que o mercado de seguro de pessoas tem uma missão na sociedade, desde já. “Não podemos aguardar por mudanças para tornamos o mercado mais presente na vida das pessoas”, disse.
Protagonismo do mercado
Nasser destacou dois produtos que contribuirão muito para o mercado cumprir a sua missão de prover proteção à sociedade. Um deles é o Universal Life, seguro de vida que une acumulação de recursos para o futuro e indenização para a família em caso de morte prematura do segurado. Segundo o presidente da FenaPrevi, o Universal Life fez a diferença nos Estados Unidos e mudou o mercado. “É um produto que precisamos de fato aprovar e avançar, porque irá suprir a necessidade do nosso cliente de começar a guardar recursos e investir no longo prazo, com a garantia de patrimônio para a família”, disse.
O outro é o PrevSaúde, plano complementar específico, com a finalidade de acumular recursos para custeios com saúde suplementar na fase de aposentadoria. Nasser citou uma pesquisa da Ipsos, encomendada pela FenaPrevi, que apontou as principais preocupações da população. Segundo ele, 60% indicaram remédios e plano de saúde como as maiores preocupações. “Por isso, este é o momento do CVG-SP e de todas as entidades do mercado de seguros de fazerem história. Não temos mais tempo para esperar. Se não agirmos, seremos cobrados no futuro. Precisamos, como protagonistas, assumir o papel de levar proteção à sociedade”, disse.
Debates
Durante o debate com a plateia, Nasser respondeu ao questionamento do diretor de Relações com o Mercado do CVG-SP, Gustavo Toledo, sobre a interlocução da entidade com a atual superintendente da Susep. Nasser respondeu que a autarquia está em um momento de transição, mas apresenta uma agenda positiva de unificação da Susep com a Previc. Ele afirmou, ainda, que está otimista em relação à aprovação do Universal Life e do PrevSaúde, ambos os produtos que, a seu ver, voltaram à agenda no momento certo.
O presidente do CVG-SP aproveitou a oportunidade para saber o estágio atual de negociação com o governo para aprovação dos dois produtos. No caso do PrevSaúde, Nasser disse que está em fase de conclusão um substitutivo para nova tipificação do produto, que nasceu como VGBL e mudou ao longo do tempo. No caso do Universal Life, que também envolve tributação específica, a FenaPrevi tem prontos estudos que reforçam o caráter de desoneração do Estado. “O que se deixar de arrecadar em tributos é mínimo perto do potencial de crescimento desse produto”, disse.
O presidente da Associação Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) concordou que o momento atual é ideal para a discussão dos dois produtos. “Temos uma tempestade perfeita, com a reforma da Previdência e a unificação das previdências complementares. É uma oportunidade excepcional para levar o seguro e a previdência ao ponto que ambos merecem no país”, disse.
Homenagens
O almoço do CVG-SP também deu espaço a homenagens. Uma delas ao próprio Nasser, que recebeu o título de Sócio Honorário do CVG-SP, e outra para a União dos Corretores de Seguros (UCS), que recentemente completou 15 anos de existência. Para a UCS, a placa foi entregue pelo presidente do CVG-SP ao novo presidente Ezaqueu Bueno e à ex-presidente Mara Borges Sutto, atual presidente do Conselho.
Assessoria de Imprensa do CVG-SP
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