A edição 2024 da pesquisa Percepção dos Brasileiros Sobre Proteção e Planejamento da Fenaprevi, encomendada ao Instituto DataFolha, revela desafios significativos à proteção financeira e sinaliza ao setor, reguladores e formuladores de políticas públicas sobre a importância de aumentar a aderência das pessoas ao mercado de seguros e previdência privada.
Mais preocupados com o planejamento do futuro
A pesquisa mostra crescimento, ainda que pequeno, no grupo de pessoas com seguro de pessoas e/ou planos de previdência privada, na comparação com a edição inicial. O que vale destacar é o alcance destes produtos a todas as camadas sociais. 50% dos participantes de previdência são das classes C, D, e E, desmistificando a ideia de que se trata de produtos de classe mais elevada.
Oito em cada dez entrevistados afirmaram pensar em planejar a vida financeira e a maioria (65%) faz isso com frequência, 7 p.p acima do registrado na pesquisa de 2023. 76% disseram ter metas, sendo 51% deles com objetivos estabelecidos para os próximos 10 anos.
Entre os desafios, a redução de gastos
Do total de entrevistados, 45% consideram reduzir as despesas para sobrar renda como principal obstáculo para se planejarem financeiramente. Outros 42% mencionaram dificuldades para gerar receita suficiente para poupar. Observou-se uma preferência pelo consumo imediato entre grupos mais jovens, de 25 a 44 anos, o que dificulta a criação de uma reserva financeira.
O estudo também apresentou, de maneira inédita, o comportamento dos brasileiros em relação aos gastos com itens considerados supérfluos. 46% afirmam que não tem gastos supérfluos, não tem onde cortar gastos. Porém, quando perguntados diretamente um quarto (25%) dos entrevistados informa que costuma participar de jogos de azar ou fazer apostas online e 10% deles consideram esse tipo de gasto mais importante do que contratar um seguro de vida.
Desinformação sobre a aposentadoria
Com o aumento da longevidade e o envelhecimento da população, o sonho da aposentadoria exige planejamento. Metade dos entrevistados idealizam a aposentadoria até 60 anos, no entanto, quando questionados sobre a idade que de fato vão se aposentar, apenas 29% acham que conseguirão parar até os 60 anos. 8% acreditam que nunca irão se aposentar.
Contar com o INSS como fonte de renda após parar de trabalhar continua com o maior índice na pesquisa de 2024 (37%). Entres os que pretendem se aposentar com o dinheiro do INSS, 65% deles não sabem o valor que irão receber.
Outros 65% dos entrevistados sabem ou ouviram falar sobre o valor máximo pago pelo INSS. Entre eles, a maioria tem ideia incorreta sobre o teto do INSS, somente 15% afirma ser mais de 7 mil reais e apenas 1% cita valores mais precisos, entre R$7400 e R$7800.
FSB Comunicação
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