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16 Sep

Como os seguros podem ser importantes na sustentabilidade empresarial

19 de julho de 2024
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A crescente preocupação com o ecossistema tem impulsionado empresas de todos os setores a adotarem práticas mais responsáveis e a buscarem soluções inovadoras para minimizar o impacto ambiental. O relatório anual “Um Mundo em Equilíbrio”, do ano passado, realizado pela Capgemini divulgou que 57% das empresas entrevistadas afirmaram que estão “redesenhando” seu modelo de negócios para um formato mais sustentável, o número em 2022 era de 37%.

Essa pesquisa, que está em sua segunda edição, mostra que cada vez mais a sustentabilidade é importante tanto para o negócio quanto para o cliente. Nesse contexto, o papel dos seguros tem se destacado como um importante aliado, capaz de incentivar a adoção de novas medidas, gerenciar riscos e promover a resiliência diante de desafios ambientais.

Os seguros oferecem coberturas e serviços que estimulam as organizações a adotarem práticas mais responsáveis, tomando uma função fundamental no incentivo à sustentabilidade empresarial. Os produtos com foco em riscos ambientais, por exemplo, podem oferecer descontos ou benefícios adicionais para empresas que implementam medidas de prevenção e mitigação de impactos, como a instalação de sistemas de tratamento de resíduos, a adoção de tecnologias limpas ou a obtenção de certificados renováveis.

A gestão de riscos ambientais é um aspecto crucial da sustentabilidade empresarial e os seguros também são fundamentais nesse processo. Ao avaliarem os riscos associados às operações de uma empresa, as seguradoras podem fornecer insights valiosos sobre medidas de prevenção, ajudando as organizações a identificarem vulnerabilidades e implementarem estratégias para reduzir sua exposição a eventos adversos.

Ainda, os seguros têm o potencial de impulsionar investimentos verdes ao oferecer coberturas específicas para projetos sustentáveis. Para energias renováveis, por exemplo, podem atuar na proteção contra riscos relacionados à geração de energia solar, eólica ou hidrelétrica, incentivando o desenvolvimento de infraestruturas de baixo impacto e contribuindo para a transição para uma matriz energética mais limpa.

O setor de seguros tem se destacado, inclusive, pela inovação na criação de produtos que atendam às necessidades de um mercado cada vez mais consciente. Os seguros paramétricos utilizam indicadores objetivos, como a ocorrência de eventos climáticos extremos, para acionar o pagamento de indenizações. Essa solução representa uma forma ágil e transparente de proteção contra riscos e incentiva a adoção de medidas de adaptação às mudanças climáticas.

Sobre a educação e conscientização de práticas como essa, as seguradoras desempenham um papel importante. Ao compartilhar conhecimentos sobre os impactos de eventos ambientais, a importância da gestão de riscos e as oportunidades de investimento em sustentabilidade, as seguradoras contribuem para a formação de uma cultura empresarial preparada para enfrentar desafios.

A promoção da sustentabilidade empresarial requer a colaboração de diversos atores e as organizações de seguro têm buscado estabelecer parcerias estratégicas com especialistas, ONGs e órgãos governamentais para desenvolver soluções integradas e fomentar boas práticas. Iniciativas como seguros para agricultura, que contam com a participação de instituições de pesquisa e de assistência técnica, são um modelo do potencial das parcerias para impulsionar a inovação e a resiliência setorial.

Mesmo com todas as estratégias citadas, um princípio é fundamental para seguir o caminho correto na indústria: a transparência. No caso das seguradoras, são exigidas informações detalhadas sobre as operações e os riscos das empresas seguradas. Assim, relatórios e auditorias ambientais podem ser utilizados como critério para a precificação de seguros ou a concessão de descontos, incentivando as empresas a adotarem práticas éticas, aprimorando sua gestão de riscos.

Com o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, a adaptação às mudanças tornou-se uma prioridade para as empresas e os seguros também aparecem como fomentadores da resiliência, oferecendo proteção financeira ágil e flexível em situações de crise. Isso permite que as organizações se recuperem de forma mais rápida e eficiente, dando andamento às suas operações mesmo diante de adversidades.

A evolução da tecnologia e o uso de dados são itens importantes no processo, já que ao proporcionarem inovação no setor de seguros, abrem novas possibilidades para a efetivação da sustentabilidade. A utilização de sensores permite monitorar em tempo real variáveis como nível de poluição, qualidade do ar e consumo de recursos hídricos, chegando a resultados valiosos para a precificação de seguros e o desenvolvimento de estratégias de prevenção.

Por fim, é preciso mencionar a regulamentação como um fator decisivo na promoção da sustentabilidade empresarial. As autoridades regulatórias têm um papel importante em estabelecer diretrizes e incentivos para a adoção de boas práticas. A implementação de requisitos de divulgação de riscos ambientais fortalece a transparência e a gestão de riscos das seguradoras, contribuindo para a construção de um mercado mais cauteloso.

Em um cenário de crescente conscientização sobre a importância da sustentabilidade empresarial, o papel dos seguros como aliados na promoção de mudanças responsáveis ganha relevância. Ao impulsionar investimentos verdes, promover a resiliência diante de desafios climáticos e fomentar a inovação em produtos e serviços, as seguradoras têm a oportunidade de se tornarem cruciais na construção de um futuro mais consciente, para a empresa e, consequentemente, para o planeta.

Escrito por Fernando Martinez, CEO da Beyond Seguros, com mais de 20 anos de experiência em seguros

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