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ANSP Café aborda produtos de seguradoras de benefícios

17 de julho de 2024
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No último dia 04, a Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) realizou uma live para falar sobre produtos de seguradoras de benefícios, em mais uma edição do Café com Seguro. Transmitido pelo canal da instituição no Youtube, o evento teve a participação do Ac. Rogério Vergara, Presidente da ANSP, na abertura e apresentação do tema e da Ac. Ileana Maria Iglesias Teixeira Moura (foto), Vice-coordenadora da Cátedra de Saúde da ANSP, na contextualização e moderação.

Também contou com as presenças de Beatriz Piñeiro Herranz, Diretora Executiva da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida – FenaPrevi e do Ac. Sandro Leal Alves, Superintendente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida – FenaPrevi, como palestrantes. Ac. Antonio Westenberger, Coordenador da Cátedra de Saúde, fez o encerramento dos trabalhos.

Contextualização do tema

O mercado de planos de saúde foi altamente beneficiado com a regulação advinda da Lei 9656/1998 e suas posteriores normativas. A imposição de reservas financeiras e valorização dos direitos do consumidor foram imperiosas para conferir seriedade e solidez ao setor.

Porém, diante de um panorama pouco flexível nos produtos de planos de saúde garantidos pelas atuais operadoras registradas na Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, o mercado passou a sentir um certo “engessamento” na elaboração de novos produtos. Visando proporcionar soluções complementares, a FenaPrevi tem estudado o mercado internacional.

Essa edição do Café com Seguro, que conta com a participação de gestores da FenaPrevi, visa aprofundar o debate de como podem ser criadas soluções, inclusive indenizatórias ou de produtos de capital, em prol do consumidor, em sinergia com os produtos já existentes. O evento é uma realização da ANSP, tem o apoio da AIDA Brasil e da ABGR Associação Brasileira de Gerência de Riscos.

Apresentação

Para Ileana, a sinergia entre os produtos de saúde e os de benefício é imprescindível. É muito importante nesse momento especialmente difícil para o setor, vivenciando aumentos significativos, cancelamentos unilaterais, afora a alta judicialização, que envolve coberturas de eventos fora do rol.

“O momento não pode ser melhor para discutirmos esse inter-relacionamomento entre produtos das áreas de benefícios e de saúde. Esse é o momento de revermos os conceitos. Há uma necessidade de pensar e flexibilizar tudo o que ganhamos com o arcabouço regulatório, com a lei 9656, com as resoluções da ANS”, disse.

Durante sua participação, a coordenadora falou sobre a situação dos usuários de planos de saúde no mercado americano. Reforçou que a meta é aumentar esse mercado, pois a exemplo do HSA (Health Saving Account) no mercado americano, que vendido acoplado a um produto de saúde de alta franquia (HDHP) já atingiu mais de 71 milhões de usuários, podemos sonhar em buscar atingir maiores percentuais de mercado com planos combinados, saindo de 25% da população atendida para 50%. Com esses números e produtos que podem ser acoplados à cobertura de saúde o objetivo do mercado é oferecer mais escolha aos clientes.

No painel que dividiu com o superintendente da FenaPrevi, Beatriz Piñeiro Herranz compartilhou uma apresentação sobre a importância dos produtos de seguradoras de benefícios, com enfoque em riscos na área de saúde, a fim de mostrar ao público o que as seguradoras estão estudando.

“Qual é a importância desses produtos cujo risco está relacionado à saúde? A importância está justamente em oferecer proteção para o indivíduo e para a vida toda. O nosso objetivo é atender cada vez melhor o cliente e aumentar a população protegida”, salientou.

As seguradoras associadas à FenaPrevi, que comercializam seguros de vida, com ou sem cobertura de danos, e de previdência possuem uma ampla gama de produtos. Tanto aqueles com coberturas de risco quanto os com cobertura por sobrevivência, os híbridos, que englobam tanto risco quanto sobrevivência, e as coberturas relacionadas à saúde, de doenças graves e de internação hospitalar. Além dessas coberturas existem as assistências. “Nosso objetivo é ampliar ainda mais o leque de soluções ofertadas”, pontuou.

A executiva falou em detalhes sobre as coberturas com enfoque no risco de saúde, como doenças graves, diária por internação hospitalar, despesas médicas hospitalares e odontológicas, que garantem o pagamento de indenização limitada ao valor contratado, sendo vedada a vinculação desse valor da indenização às despesas médicas ou hospitalares do segurado com o tratamento.

Também discorreu sobre tópicos como diária por internação hospitalar e despesas médicas hospitalares e odontológicas, assim como a regulamentação dessas coberturas. Comentou, ainda, a pesquisa do Instituto DataFolha, contratada pela FenaPrevi, referente às situações que mais preocupam os brasileiros. De acordo com o levantamento, 24% dos entrevistados têm medo de não conseguir pagar despesas médicas; 16% de não conseguir por um problema de saúde; 17% têm medo de deixar a família desamparada em caso de falecimento; e 16% com o eventual desemprego. “Os resultados da pesquisa reforçam a importância das coberturas relacionadas à saúde. E acreditamos que o nosso mercado tem todas as condições de entregar soluções que atendam a demanda dessa parcela da população”, indicou.

Por fim, a painelista explanou sobre o desafio da longevidade, o impacto das mudanças demográficas e a projeção do governo de um aumento de gasto em saúde de 67,2 bilhões em dez anos, decorrentes exclusivamente do envelhecimento populacional.

Sandro Leal Alves, que coordenou um estudo sobre como o resto do mundo lida com esses desafios, pela FenaPrevi, juntamente com as seguradoras associadas, apresentou os resultados da pesquisa que julgou serem mais relevantes para a ANSP. “Basicamente é um gráfico de gastos públicos em saúde que mostra o desafio secular associado a essa dinâmica de gastos em saúde. A tendência de crescimento dos gastos em saúde, embora seja secular, foi acelerada no período do pós-guerra, com as reformas acontecidas principalmente nos países europeus, com sistemas públicos mais desenvolvidos. Isso tudo provocou uma forte aceleração nos gastos com saúde”, explicou.

Em sua visão, a principal mensagem do gráfico é que todos os países experimentam essa demanda por maiores volumes de recursos alocados em saúde. O Brasil ainda está tentando chegar a um nível mais próximo desses países. E o que chama atenção é que a medida em que o gasto de saúde aumenta há um efeito cíclico, porque o gasto de saúde também leva a uma maior expectativa de vida, que por sua vez demanda maiores gastos com saúde no futuro.

É um movimento cíclico experimentado por todos os países, e no Brasil não chega a ser diferente. Dadas as nossas restrições fiscais orçamentárias esse desafio pode se tornar ainda maior porque a demanda por cuidados de saúde já está chegando e vai acelerar. O atendimento dessas demandas depende muito de como os países organizam seus sistemas de saúde. Cada nação tenta se resolver de acordo com suas preferências e sistemas políticos. Para exemplificar o tema, o superintendente discorreu sobre o sistema adotado em Cingapura e na China e também sobre a regulação americana. “O desafio de todos os sistemas previdenciários é como guardar dinheiro no presente. Como poupar agora para usar no futuro. Cabe aqui algum tipo de estímulo, seja fiscal, como na maioria dos países, seja regulatório, para que as pessoas realmente reservem uma parte desse recurso. porque lá na frente certamente irão precisar”, destacou.

Beatriz Piñeiro Herranz defende que o segmento de previdência privada e de seguros têm todas as condições para, em sinergia com o governo, permitir que a longevidade de fato seja acompanhada de bem-estar. E é nesse sentido que o segmento e seguradores trabalham para aprimorar os seus produtos. “Como já mencionado aqui, a FenaPrevi constituiu um grupo de trabalho com as seguradoras, onde está estudando de fato legislação, tributação e o que os outros países estão fazendo. Vimos o convite para participação no evento da ANSP como uma oportunidade para disseminar essa necessidade e para se pensar no futuro, que almejamos.

É com o objetivo de minimizar um futuro problema social agudo e também para dar visibilidade à população do que se pode esperar deste futuro é que as seguradoras estão empenhadas na realização dos estudos”, concluiu.

Após a apresentação, Ileana compartilhou com os convidados as perguntas encaminhadas pelos internautas e fomentou o debate do tema.

Antonio Westenberger fez os comentários finais e o encerramento da live.

Assista a live completa no canal da ANSP.

Oficina do Texto

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