Em mais uma iniciativa para oferecer insumos e subsídios para o desenvolvimento e o fortalecimento do mercado segurador do país, a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida — Fenaprevi apresentou em Porto Alegre-RS a pesquisa “A percepção dos brasileiros sobre a necessidade de proteção e planejamento: O papel dos seguros e da previdência”, na manhã desta terça-feira (12.12), destacando os resultados para a região.
Após três encontros anteriores – em São Paulo, Minas Gerais e Bahia -, a Federação reuniu profissionais do setor, corretores e representantes de entidades do Sul do país na capital gaúcha, além da imprensa local, para conhecerem a segunda edição do estudo. Um exemplo dentre as informações compartilhadas é o de que o estudo elaborado pelo Datafolha aponta que 26% dos entrevistados na região (Sul) possuem seguro de Vida, enquanto o percentual é de 18% no nacional.
“Os resultados levantados indicam maior consciência do povo gaúcho com relação aos seguros em geral, em especial os seguros de Pessoas, Vida e Previdência”, pontuou o vice-presidente da Fenaprevi, Francisco Alves, logo na abertura do evento. Ele destacou a participação do Rio Grande do Sul como um dos estados mais bem posicionados no Brasil, estando em primeiro lugar quanto à adesão de produtos de proteção.
Segundo o VP da Fenaprevi, os números trazidos pela pesquisa indicam o grande potencial do segmento, mas também lançam luz aos principais desafios para o futuro. “Além da dificuldade de contratação, os produtos ainda não estão totalmente adequados à população, que é diversa em perfis e necessidades. A forma de comunicar das seguradoras também está muito distante, ou seja, há muitas variáveis que precisamos aperfeiçoar para que a sociedade alcance outro patamar em termos de contratação dos seguros”, defendeu.
Tangibilizando números e mensagens
Após a exposição da primeira parte da pesquisa realizada pelo gerente de pesquisa de mercado do Instituto DataFolha, Paulo Alves, uma mesa-redonda reuniu os diretores-estatutários da Fenaprevi, Milton Amengual Machado (Aspecir), Ricardo Iglesias Teixeira (Centauro On) e André Thozeski, presidente do Sincor-RS.
Questionado sobre sua visão quanto a importância de qualificar constantemente os corretores, Milton Machado argumentou dizendo que acredita que os profissionais já vêm sendo bem preparados. “É claro que algo que venha para abastecê-los, como a pesquisa Fenaprevi/DataFolha, é muito importante e certamente servirá para os nossos planejamentos futuros. Me surpreende o grau de relevância do estudo”, destacou o diretor.
Ricardo Teixeira trouxe outra perspectiva para a discussão, defendendo a democratização do acesso ao seguro para a população mais jovem e a outras classes sociais, como C, D e E. “É preciso olhar com mais carinho para a base da pirâmide social e trazer mais jovens para esse segmento, inclusive para renovar o atual quadro de corretores do país”. O executivo destacou ainda a relevância do papel da mídia/imprensa como parceiras neste processo de democratização do setor.
O segundo bloco de debates contou com as participações também de diretores-estatutários da Fenaprevi, como Ilton de Oliveira (GBOEX) e Jorge Andrade (Capemisa); de Evandro Raber, diretor-presidente da União Previdencial e de Wilson Andrade, presidente do Sincor-PR.
Oliveira ressaltou o importante papel das empresas em trabalhar para mostrar aos cidadãos que a previdência privada é um instrumento essencial para a complementação da renda, dadas as incertezas colocadas sobre o futuro da aposentadoria pública com as mudanças observadas no perfil demográfico da população e sua capacidade de sustentar os brasileiros.
“Não basta apenas buscar a previdência privada, mas sim demonstrar às pessoas que isso deve ocorrer ao longo de toda a vida. E para isso criar nas crianças e jovens a consciência sobre essa necessidade, que tem de vir desde cedo, e que irá se desenvolvendo a partir de um planejamento para o futuro”, sugeriu o presidente da GBOEX.
Jorge Andrade, por sua vez, defendeu a popularização dos seguros de pessoas e da previdência privada, pensando em melhorar a vida das pessoas oferecendo o cuidado adequado, em termos de produtos e serviços, e assim contribuir para um “amanhã” melhor para todos.
“Temos que mostrar cada vez mais o nosso trabalho. Temos que despertar, não somente nas autoridades, mas em toda a população, o papel do mercado e sua importância na sociedade para a construção de um Brasil melhor, mais cuidado. Afinal, o volume de impostos destinados para o governo para esta parte social é muito grande”, afirmou.
O presidente da Capemisa chamou atenção ainda para o papel essencial que o corretor de seguros desempenha em levar a importância do seguro aos brasileiros. “Os corretores devem adotar um papel de atendimento consultivo para despertar nas pessoas, a partir de um diagnóstico de suas necessidades, o interesse em contratar os produtos de proteção, oferecendo o produto ideal para cada perfil”, comentou Andrade, que complementou, “Na hora em que o segurado se deparar com adversidade, ele saberá que está amparado pela cobertura”, finalizou.
FSB
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