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08 May

Principais desafios para a recuperação econômica do Brasil

12 de maio de 2021
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Durante webinar realizado na última semana, a líder mundial em seguro de crédito, Euler Hermes, apresentou um panorama macroeconômico do país, analisando os principais indicadores deste ano, além de projeções para a economia nacional em 2022.

O diretor de risco da Euler Hermes Brasil, Felipe Tanus, afirmou que o cenário econômico ainda segue desafiador. Mesmo que os números de contaminação por coronavírus venham apresentando queda nas últimas semanas em grande parte do país, a situação ainda é de extrema gravidade. “O atraso na vacinação e os picos de contaminação apresentados vêm postergando a recuperação da economia. Em 2020, a queda no PIB nacional foi de 4,1%, que só não foi maior em função da agropecuária, que parcialmente compensou o efeito negativo do consumo”, explica.

Principais desafios
Diante deste contexto negativo, o diretor afirma que o país ainda enfrentará diversos desafios até 2022, uma vez que a depreciação do BRL vem aumentando os preços internos e consequentemente causando grande pressão sobre a inflação. Além disso, a taxa de desemprego segue elevada, impactando diretamente no consumo. Segundo dados divulgados no final de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa média de desemprego no Brasil foi de 14,4% (14,4 milhões de pessoas) no trimestre de dezembro a fevereiro, a maior desde 2012.

“Tais fatores sugerem que o Banco Central faça uso de uma política monetária mais contracionista, o que de fato já vem ocorrendo. No último dia 5, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros (Selic) em 0,75%, que atingiu 3,5% e segue dentro deste contexto de grande pressão inflacionária”, explica o diretor.

CPI da Covid
Outro fator que pode contribuir para o atraso da retomada da economia no Brasil é a CPI da Covid, comissão criada para apurar ações e omissões do governo federal no combate à pandemia e que segue coletando depoimentos de membros do governo.

“A CPI pode expor ainda mais as fraquezas do Brasil na mídia internacional, além de intensificar a instabilidade do governo, o que vem causando a queda na popularidade do presidente, principalmente em relação à condução do combate à pandemia no país. Todo este contexto negativo contribui direta ou indiretamente para que o cenário de investimentos no país fique ainda mais nebuloso”, afirma Tanus.

Projeções do PIB nacional
O diretor explica que a economia segue resiliente, com muitos segmentos se adaptando ao contexto atual, o que leva a maioria das entidades projetarem um aumento do PIB na casa de 3% para 2021. O Grupo Allianz, da qual a Euler Hermes faz parte, projeta um crescimento de 2,8%, próximo à projeção do Boletim Focus, de 3,09%, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Standard & Poor’s apresentam projeções mais otimistas de +3,66% e +3,40%, respectivamente.

Reprodução Euler Hermes

Tendências positivas
Tanus aponta que outra tendência positiva é a aprovação da nova rodada do auxílio emergencial, que teve o pagamento da primeira parcela iniciado no último mês. “Apesar de fundamental, essa nova rodada tem estimativa de ser oito vezes menos efetiva no varejo do que a anterior. Ainda assim, é uma política cíclica relevante nesse período e que deve sustentar as atividades econômicas no país, podendo manter a inadimplência controlada por certo período”, acredita.

Conforme explicado acima, o diretor afirma que a agropecuária segue trazendo resultados positivos. Segundo dados divulgados em março pelo IBGE, a agropecuária registrou alta de 2,0%, aumentando a participação no PIB de 5,1% em 2019, para 6,8% em 2020. Após esse bom desempenho, Tanus acredita que a tendência é que o setor deva superar o último ano, com projeções de crescimento de 4%, principalmente impulsionado pelo desempenho da soja.

Além disso, outros setores analisados pela seguradora dão sinais de que há uma “luz no fim do túnel” para a economia nacional, com boas performances operacionais e financeiras nos setores de metalurgia, alimentos e construção, apresentando projeções de crescimento de +5,3%, +4,5% e +3,1%, respectivamente.

“Mesmo assim, ainda é preciso cautela, pois o crescimento projetado nesses setores ainda está muito aquém de voltar aos patamares pré-pandemia, uma vez que são comparados aos períodos de atividade paralisadas, portanto, ainda não há muito o que comemorar”, finaliza o diretor.

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