O mercado de infraestrutura no Brasil registrou um avanço significativo em 2024, impulsionado por investimentos recordes e pelo fortalecimento das concessões. A aplicação de R$ 250 bilhões no setor representou um marco inédito nas últimas décadas, acompanhado de um aumento expressivo na realização de leilões rodoviários e na emissão de debêntures para financiamento de projetos. O cenário abre caminho para um 2025 ainda mais dinâmico, com a ampliação de parcerias público-privadas (PPPs) e a diversificação das áreas de concessão.
Segundo Anderson de Almeida, head de Novos Negócios da Junto Seguros, a atuação antecipada da companhia na análise de editais tem sido determinante para a viabilização de grandes projetos. “Nosso trabalho começa muito antes da assinatura dos contratos. Monitoramos os leilões, analisamos as exigências e garantimos que as apólices sejam emitidas dentro dos padrões exigidos. Isso permite que investidores e operadores do setor tenham segurança para avançar com as concessões”, afirma.
Recordes e novas frentes de atuação
Em 2024, o Brasil registrou o maior número de leilões rodoviários dos últimos 17 anos, com dez concessões que, juntas, movimentaram mais de R$ 80 bilhões. Além disso, as debêntures de infraestrutura alcançaram o volume histórico de R$ 130 bilhões emitidos, reforçando o modelo de financiamento para obras e serviços de longo prazo.
A diversificação dos segmentos de concessão também se consolidou como uma tendência. Além das tradicionais concessões de rodovias e saneamento, projetos voltados para iluminação pública, eficiência energética, gestão de parques urbanos e resíduos sólidos passaram a ocupar maior espaço na agenda de investimentos. A Junto Seguros, que garantiu mais de 200 projetos no último ano, segue de olho nessas novas oportunidades.
“Estamos acompanhando de perto setores estratégicos, como infraestrutura social e saneamento, que ganharam força com o novo marco regulatório e as diretrizes do PAC. Nossa expectativa é ampliar a participação nessas áreas e fortalecer nossa posição como referência no mercado de seguro garantia”, explica Almeida.
Desafios e perspectivas para 2025
A projeção para este ano é de um volume ainda maior de concessões, segundo o iRadarPPP. Em 2024, 331 editais foram publicados, e a expectativa é que esse número cresça, impulsionado pela agenda de infraestrutura federal e estadual. Entre os projetos mais aguardados estão a concessão das linhas 11, 12 e 13 da CPTM em São Paulo, o túnel Santos-Guarujá e a BR-040/495/MG/RJ, trecho entre Juiz de Fora/MG até o Rio de Janeiro.
O papel das seguradoras no suporte a esses investimentos será essencial para garantir a viabilidade dos contratos e a segurança jurídica dos empreendimentos. A Junto Seguros, que garantiu R$ 7,1 bilhões em importância segurada no último ano, busca ampliar essa marca, consolidando-se como líder na estruturação de garantias para o setor.
“Nosso objetivo é antecipar demandas e garantir que, quando os projetos saírem do papel, possam contar com aceitabilidade e solidez do Seguro Garantia. O mercado de concessões é um pilar estratégico para o desenvolvimento do país, e a segurança financeira e jurídica que oferecemos contribui diretamente para que esses investimentos se concretizem”, conclui Almeida.
Atualmente, entre as concessões que estão seguradas pela Junto Seguros está a Rodovia Anhanguera-Bandeirantes (SP) e as linhas 8 e 9 do Metrô (SP), ambas do Grupo CCR, e a Rota dos Cristais (BR-040), do grupo Vinci Highways, em Minas Gerais.
O ano de 2025, segundo a Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), deverá se consolidar como um ano decisivo para o setor de infraestrutura, tendo um pipeline de 15 leilões de concessões de rodovia, que somarão R$ 161 bilhões em investimentos, bem como um aumento significativo em projetos de infraestrutura social, que deverão atrair R$ 15 bilhões em investimentos da inciativa privada para setores cruciais no desenvolvimento no país.
“O crescimento das concessões e das obras públicas exige soluções que garantam previsibilidade e segurança para todos os envolvidos. O Seguro Garantia desempenha esse papel ao proteger os investimentos públicos, trazendo segurança aos entes públicos e ao contribuinte que paga seus impostos”, destaca Anderson de Almeida.
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