O estado do Rio Grande do Sul têm enfrentado desafios significativos devido à persistência das enchentes e aos riscos de deslizamentos causados pelas chuvas na região. A situação tem impactado todos os mercados, levando inclusive as seguradoras a adotarem medidas emergenciais, como a prorrogação de contratos e a criação de fundos para acolher clientes, parceiros e comunidades afetadas.
Além disso, os desastres naturais na região podem influenciar o preço dos seguros de bens para beneficiários em todo o país, refletindo a necessidade de reavaliação dos riscos e da precificação dos produtos de seguro. É um cenário desafiador, mas a solidariedade e ações coordenadas entre seguradoras, clientes, comunidade afetadas são fundamentais para lidar com estas alterações climáticas. Até o momento do fechando desta matéria, foram contabilizados 107 óbitos, 136 desaparecidos e 374 feridos. E mais de 1,4 milhão de pessoas que foram prejudicadas pelos temporais.
Conversei com Andreia Lima Pires, moradora de Canoas, Rio Grande do Sul, via WhatsApp. “É uma catástrofe sem medida, eu não perdi nada, mas minha irmã e meus dois sobrinhos perderam tudo. As casas ainda estão submersas. Eles não possuem nenhum tipo de seguro. Perderam casa, carro e moto. Passei 20 horas aguardando que resgatassem minha família, no segundo andar de uma escola, onde estavam ilhados. Foram horas de muita agonia e desespero. Sabíamos que a água estava subindo, mas não tínhamos o que fazer. A demanda dos socorristas e voluntários é enorme. O cenário está muito caótico. Muitos botes viraram e quebraram ao se chocarem com caminhões que estavam submersos”.
E acrescentou outros detalhes. “A população estava resgatando os moradores dos bairros afetados com barcos, embarcações motorizadas e motos aquáticas. A solidariedade tem aquecido o nossos corações, neste momento, mas a destruição é imensa. Muitas vidas se perderam”
“Fiquei sabendo pela Prefeitura que a previsão da água abaixar é de 32 dias, e ainda existem muitas pessoas desaparecidas e corpos sendo resgatados”, desabafou Andréia.
O que resta é aguardar que as chuvas cessem, para levantar o número real e preciso de prejuízos materiais, pois as perdas humanas e de animais de estimação são incomensuráveis. As mudanças climáticas chegaram, está sendo assustador e algo deverá ser feito e repensado de imediato, para minimizar o caos ecológico, social e financeiro do planeta.
Enchente de 1941
A enchente de 1941 foi a maior da história do Rio Grande do Sul, até este ano. O estado tinha, 3,3 milhões de moradores, sendo 272 mil em Porto Alegre. Em 10 de abril se iniciou o temporal que castigou cidades gaúchas por 35 dias.
Depois de causar destruição no interior do Estado, o Rio Guaíba invadiu a capital do estado, ainda sem diques e o Muro da Mauá. Na noite de 2 de maio, o rio atingiu a cota de inundação de três metros no Cais Mauá, aumentando as áreas alagadas. Após 18 dias superou a cota de inundação, ainda estava em 3m20cm no dia 20 de maio. Na época 540 estabelecimentos comerciais e industriais estavam fechados e a estimativa é que 70 mil pessoas moravam nas áreas atingidas. (Fonte GZH – Leandro Staud)
Por Márcia Kovacs- Revista IC
Fotos: André Bresolin, de Porto Alegre (RS)
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