00:00:00
21 Nov

Especialista prevê maior proteção aos segurados, mas um “engessamento” do setor

5 de novembro de 2023
201 Visualizações

O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 29/2017, que pretende ser o novo marco legal do mercado segurador brasileiro, voltou ao debate público após o anúncio de avanços no texto substitutivo por representantes da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). A expectativa é que o relatório seja finalizado e votado no Senado nas próximas semanas.

A proposta tem dividido opiniões de especialistas da área, das empresas do setor e dos próprios consumidores. De acordo com Luiza Jordão, associada sênior da área de seguros do Veirano Advogados, a ideia é que o projeto se torne a nova lei do seguro. “Hoje temos leis, decretos e uma infinidade de circulares editadas pela SUSEP para regulamentar o setor privado. O objetivo é consolidar todas as normas em um único instrumento, proporcionando uma maior segurança jurídica”, comenta.

Na visão da especialista, os benefícios para os segurados serão muitos, como o prazo prescricional, pois o termo inicial passa a ser a data da negativa de indenização pela seguradora e não mais a data do sinistro. Além disso, as seguradoras terão um prazo menor para pagamento das indenizações e serão obrigadas a compartilhar as informações da regulação do sinistro.

“Contudo, apesar do projeto fortalecer o setor e principalmente o segurado, também poderá prejudicar o dinamismo do mercado. A lei pode acabar engessando o surgimento de novos produtos, especialmente no caso das insuretechs. Caso a lei seja aprovada, os produtos necessitarão ter aprovação prévia do órgão, indo contra o ritmo acelerado que o mercado conseguiu estabelecer, podendo afetar inclusive os segurados”, aponta.

A advogada também aponta preocupação pelo texto não fazer distinção entre segurados de grande risco e segurados massificados. “O pequeno segurado precisa de menos burocracia e mais dinamismo. Hoje é possível contratar um seguro por aplicativo no celular, só que o PL prevê a contratação de seguros apenas presencialmente. Já o segurado de grandes riscos é um segurado muito exigente. Um produto padronizado não atenderá as necessidades dessas empresas, o que afetará a realização dos grandes empreendimentos e consequentemente o progresso do país”, finaliza.

Conteúdo Net

Foto: Luiza Jordão, do Veirano Advogados

You may be interested

Brasil registra mais de 3,7 milhões de empresas e reforça importância do seguro empresarial
Lojacorr
30 Vizualizações
Lojacorr
30 Vizualizações

Brasil registra mais de 3,7 milhões de empresas e reforça importância do seguro empresarial

Publicação - 21 de novembro de 2024

Segundo levantamento do Sebrae com dados da Receita Federal, divulgados no dia 13, o país registrou neste ano de 2024, mais de 3,7 milhões de empresas, mostrando…

MetLife lança cobertura de doenças graves mais completa
MetLife
40 Vizualizações
MetLife
40 Vizualizações

MetLife lança cobertura de doenças graves mais completa

Publicação - 21 de novembro de 2024

A MetLife, uma das principais empresas de serviços financeiros do mundo, amplia mais uma vez o seu portfólio e apresenta ao mercado o quarto lançamento do ano…

Hiperpersonalização e Open Insurance viram ‘game changer’ no mercado
Artigo
39 Vizualizações
Artigo
39 Vizualizações

Hiperpersonalização e Open Insurance viram ‘game changer’ no mercado

Publicação - 21 de novembro de 2024

A hiperpersonalização no setor de Seguros está transformando a maneira como as empresas interagem com seus clientes no Brasil e no mundo. Ao utilizar dados e tecnologias…

Deixe um Comentário

Seu endereço de email não será publicado.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Mais desta categoria

WordPress Video Lightbox Plugin