Que a pandemia de Covid-19 afetou negativamente diversas áreas da sociedade, todos nós sabemos. No entanto, alguns setores viram suas demandas aumentarem justamente em decorrência das condições impostas pela maior crise de saúde mundial dos últimos tempos. No setor de seguros, por exemplo, a procura por alguns produtos aumentou, como é o caso da modalidade residencial. Para atender famílias que obrigatoriamente permaneceram dentro de casa, soluções personalizadas foram desenvolvidas.
Além das ofertas habituais que oferecem coberturas contra incêndio, queda de raio e explosão, danos elétricos, desmoronamento, despesas emergenciais, quebra de vidros, roubo e furto, entre outras, as principais seguradoras do país criaram alternativas específicas para este momento especial. Desde a digitalização de processos, para evitar o deslocamento dos clientes e os encontros pessoais, até a proteção comercial de atividades nas residências, já que muitas pessoas tiveram que empreender em seus próprios lares, após o forte impacto sofrido no mercado de trabalho. Obviamente, nesses casos, os micronegócios devem estar devidamente enquadrados na legislação do MEI ou qualquer outra exigida.
Potencial: apenas 15,8% das residências brasileiras têm seguro
Dados da Susep mostram que em 2020 o crescimento em vendas de seguro residencial foi responsável por um montante de mais de R$ 3 bilhões em prêmios para as seguradoras no Brasil. Contudo, estimativas apontavam que apenas 13,6% das residências do país tinham seguro — percentual que hoje chega a 15,8%. Mesmo apresentando um dos melhores custos-benefícios — proporcionalmente, o preço do seguro é expressivamente inferior ao valor do bem, algo em torno de 0,1% a 0,5% –, essa modalidade ainda não é tão popular entre os brasileiros.
Porém, é possível enxergar boas oportunidades entre um público de alto potencial que desconsidera a possibilidade de contratação de um seguro residencial por avaliar os riscos de roubo e furto como sendo baixos: os moradores de prédios e condomínios. Entretanto, sabemos que os benefícios vão muito além disso. Podemos citar, por exemplo, a cobertura adicional de Responsabilidade Civil Familiar, que indeniza em casos de danos a terceiros pelos moradores ou empregados da residência, arcando com despesas médicas caso algo caia da janela e atinja alguém que esteja passando, ou mesmo consertando a vidraça quebrada depois de uma bolada, vantagens que muitos desconhecem.
Por meio da mudança de percepção desses consumidores, temos um grande mercado a ser explorado pelos canais de venda e corretores. Introduzir a cultura do seguro residencial é algo extremamente relevante, seja para alcançar as pessoas que ficaram em casa e perceberam a necessidade da realização de manutenção com mais frequência, ou por meio de um mapeamento das necessidades específicas dos consumidores. O fato é que vale a pena investir tempo e esforço nesse mercado tão amplo.
Por Odete Queirós, superintendente de consumer na Marsh Brasil
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