O Instituto de Longevidade Mongeral Aegon lança o estudo Novo Pacto Social: Conquistando a igualdade de aposentadoria para as mulheres, em que analisa o que as mulheres podem adotar para melhorar seu preparo para a aposentadoria. Este relatório também apresenta recomendações para que empregadores e governos de todo o mundo tenham uma abordagem ativa na redução da desigualdade de gênero no momento da aposentadoria, abrindo caminho para um futuro mais igualitário. Dentre os países participantes do levantamento está o Brasil, em que, na atual distribuição de mão de obra, 47% das mulheres trabalham no setor informal.
O estudo analisou que elas – especialmente negras, pardas e pobres – costumam ocupar profissões que são vistas como extensão do trabalho doméstico não remunerado, com 21% trabalhando em educação, saúde e serviços sociais e 14% em serviços domésticos. No entanto, as mulheres são a população mais instruída do Brasil e sua participação no mercado de trabalho deverá aumentar para 64,3% até 2030 – 8,2 pontos percentuais acima do que era em 1992. “O próximo passo para alcançar a paridade entre homens e mulheres no preparo para a aposentadoria é garantir que mais mulheres tenham emprego formal e, como consequência, ganhem acesso a benefícios de seguridade social. Os arranjos de previdência corporativos também devem ser promovidos para complementar a paridade das mulheres na aposentadoria”, explica Leandro Palmeira, diretor de Pesquisa do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon.
Olhando pelo âmbito mundial, as mulheres também ficam para trás dos homens no que diz respeito ao preparo para a aposentadoria. Existem vários fatores que contribuem para isso, mas na maioria das vezes, se deve ao fato de que elas têm maior probabilidade do que os homens de trabalhar meio período e de realizar trabalho não remunerado, como cuidar dos filhos e de familiares. Por exemplo, nos EUA, as mulheres gastam 37% mais tempo com trabalho não remunerado do que os homens e, no Japão, o número de trabalhadoras em meio período é o dobro do de homens (42% em comparação com 19%, de acordo com a Pesquisa Aegon de Preparo para a Aposentadoria). Além disso, as mulheres compõem uma grande parte da força de trabalho no setor informal, particularmente nas economias emergentes e em desenvolvimento, que dificilmente oferece apoio à poupança para a aposentadoria.
A pesquisa ouviu 16.000 trabalhadores e aposentados em 15 países: Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Hungria, Índia, Japão, Holanda, Polônia, Espanha, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos. A metade de todos os entrevistados é composta de mulheres (8.067). Entre elas, 64% são casadas ou coabitam e 58% possuem graduação ou pós-graduação.
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