00:00:00
15 Sep

Beneficiários da saúde suplementar aprovam telessaúde

23 de fevereiro de 2021
298 Visualizações

O grau de satisfação dos pacientes com a telessaúde tem sido bastante alto na saúde suplementar brasileira. De acordo com o presidente da FenaSaúde, João Alceu Amoroso Lima, o Net Promoter Score (NPS), a métrica que mede a aceitação do serviço pelos pacientes atendidos por meio dessa modalidade, está entre 80% a 85%, segundo monitoramento realizado por operadoras.

“A experiência foi muito bem conceituada pelo próprio paciente, em que pesem as dificuldades de início tanto de um lado como de outro para a adoção das ferramentas. A pandemia, sem dúvida nenhuma, acelerou a adoção da telessaúde não só na quantidade de consultas, mas no desenvolvimento de várias plataformas e outras soluções tecnológicas”, afirmou.

O presidente da FenaSaúde participou nesta terça-feira (23/2) de debate sobre os “Desafios e Oportunidades em Telesaúde” no evento “Diálogos Brasil-Reino Unido em Saúde Digital”. O webinar foi promovido pelo governo britânico em parceria com o Instituto Coalizão Saúde (ICOS).

Outra vantagem da telessaúde foi o aumento da produtividade dos atendimentos. As teleconsultas têm apresentado alta resolutividade, atendendo mais de 90% das necessidades dos pacientes, conforme relatos das empresas associadas à FenaSaúde. Os não comparecimentos diminuíram bastante e há mais facilidades de encaixar novas pessoas nos horários de quem não compareceu. “Eu poderia resumir o principal ganho da aceleração do conceito da telessaúde em apenas uma palavra: o acesso. É a palavra chave da medicina”, disse o dirigente.

A ANS tem monitorado vários indicadores do mercado desde o início da pandemia. Um dos poucos que ainda não voltou ao nível pré-covid foram as idas aos prontos-socorros. Uma das razões apontadas por Amoroso Lima é o uso da telessaúde, que evita deslocamentos desnecessários. “Isso é um efeito muito bom, na medida em que há excesso de idas a pronto-atendimentos.”

O acompanhamento de pacientes crônicos também melhorou bastante com a telessaúde. Pessoas com comorbidades ou dificuldades que não podiam se deslocar foram monitoradas em suas casas. Ainda houve grande avanço na saúde mental. “O Brasil é 35 vezes mais extenso do que o Reino Unido. Temos aqui um desafio muito grande: os chamados vazios assistenciais, áreas em que não há acesso a médico, seja assistência primária ou especialistas. Nisso a telemedicina foi também um grande ganho”.

Por fim, João Alceu Amoroso Lima defendeu pontos que considera fundamentais para a boa regulamentação da prática da telessaúde no país. Atualmente, a prática da telemedicina só tem respaldo legal enquanto durar o estado de emergência pública decorrente do novo coronavírus. A regulamentação definitiva está a cargo do Conselho Federal de Medicina.

Com relação à questão da territorialidade, não deve haver limitação para um médico ou profissional de determinada região atender pacientes de outras regiões: “O Brasil é um só e esse acesso tem de ser para todos”. Sobre se a primeira consulta deve ou não ser presencial, quem deve decidir é o médico junto com o paciente. Já sobre a remuneração das teleconsultas, Amoroso Lima defende que o mercado é livre e as empresas devem negociar livremente com os profissionais.

Também participaram do evento o chefe da disciplina de telemedicina da Faculdade de Medicina da USP, Chao Lung Wen; o ex-secretário de atenção primária do Ministério da Saúde, Erno Harzheim; o diretor clínico da National Association of Primary Care, Dr. Nav Chana; e o presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Wilson Shcolnik.

Assessoria de Imprensa da FenaSaúde

Foto: João Alceu Amoroso Lima – presidente da FenaSaúde

You may be interested

Papel das empresas na saúde financeira dos colaboradores
Aon plc
126 Vizualizações
Aon plc
126 Vizualizações

Papel das empresas na saúde financeira dos colaboradores

Publicação - 12 de setembro de 2025

Não é de hoje que os números têm reforçado um fato alarmante: o endividamento das famílias brasileiras segue em uma crescente. Segundo a mais recente Pesquisa de…

Seminário na USP aborda o impacto da nova lei de seguros
CNseg
132 Vizualizações
CNseg
132 Vizualizações

Seminário na USP aborda o impacto da nova lei de seguros

Publicação - 12 de setembro de 2025

Para Dyogo Oliveira, o setor está pronto para a regulamentação da Lei 15.140/2024 a partir de dezembro deste ano. "O seguro é um instrumento de equilíbrio dentro…

Evento destacou importância da qualificação no segmento de PPM
Escola de Negócios e Seguros
113 Vizualizações
Escola de Negócios e Seguros
113 Vizualizações

Evento destacou importância da qualificação no segmento de PPM

Publicação - 12 de setembro de 2025

Durante o evento “Reflexões sobre a Resolução CNSP – LC nº 213/2025”, promovido pela Escola de Negócios e Seguros (ENS), no início deste mês, um dos temas mais debatidos…

Deixe um Comentário

Seu endereço de email não será publicado.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Mais desta categoria

WordPress Video Lightbox Plugin