O momento complexo da saúde brasileira ficou ainda mais agudo com a pandemia do coronavírus. Propostas para a saúde suplementar que incluem segmentação, maior flexibilidade dos planos individuais, maior acesso e estruturação de custos ficaram ainda mais urgentes. Nessa discussão, ganha mais destaque a questão da incorporação das novas tecnologias, como procedimentos e medicamentos, que se mostra cada vez mais crucial para a sustentabilidade do sistema.
Para a diretora executiva da FenaSaúde, Vera Valente, um problema é que as novas tecnologias, mais inovadoras, são sempre mais caras. “Não é possível a incorporação automática de qualquer tecnologia. Os recursos são finitos e você tem de alocar da melhor maneira possível”, disse ela, ao participar do fórum “Operadoras da Saúde Suplementar – Construindo pontes para um sistema mais sustentável”, promovido pelo Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos) na tarde desta terça-feira (27).
Vera defendeu a Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) como regra para que todo o sistema seja mais sustentável. “Não é possível trazer custos para o sistema sem avaliação criteriosa da tecnologia”, afirmou.
Presente em todo mundo, a ATS – no Brasil realizada por câmaras técnicas da ANS no caso da saúde suplementar e pela Conitec, no do SUS – analisa o chamado custo-efetividade da incorporação, a avaliação entre custos e benefícios do medicamento e/ou procedimento. A finalidade é reduzir o impacto sobre os custos dos sistemas de saúde de maneira que sejam incorporadas as tecnologias que realmente beneficiem a todos.
Uma medida necessária para aprimorar o sistema de saúde brasileiro, segundo a executiva da FenaSaúde, é a criação de uma agência única autônoma de avaliação de tecnologias no país. Uniria os trabalhos da Conitec, do Ministério da Saúde, e da ANS, e ajudaria a dar mais eficácia e celeridade aos processos de análise de incorporação.
“Há um trabalho duplicado nessas análises, muita perda de energia. Precisamos de uma agência qualificada que tenha respeitabilidade. Irá reduzir até a judicialização, que é ruim para todo mundo, a fim de que a sociedade tenha mais critério do que irá pagar e do que não irá pagar”.
Também participaram dos debates o ex-secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna; o presidente da Unidas, Anderson Mendes; o secretário-geral da Abramge, Carlito Marques; o responsável pela área de Inteligência e Business Support do Sindusfarma, Andreas Strakos; a gerente nacional de Acesso a Mercado da Libbs, Samantha Rodrigues; a mestre em Administração de Empresas pela Fecap, Silvia Sfeir; a especialista em Desenvolvimento Industrial do Sesi Nacional, Georgia Antony; e o diretor de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade dos Sistemas de Saúde da Novartis e ex-diretor-presidente da ANS, Leandro Fonseca.
Assessoria de Imprensa da FenaSaúde
You may be interested
Unimed debate jornada do cliente para oferecer uma experiência cada vez melhor
Publicação - 22 de novembro de 2024A Unimed do Brasil promove o 4° Encontro da Marca, Mercado e Experiência do Cliente, nos dias 25 e 26 de novembro, no Distrito Anhembi, na capital…
Luzes Negras é reconhecido em premiação internacional da indústria de publicidade
Publicação - 22 de novembro de 2024O Luzes Negras, projeto que traz visibilidade para personalidades negras da história, foi premiado na 27ª edição do Festival Internacional El Ojo de Iberoamérica 2024, um dos…
Pesquisa da Allianz Partners revela as principais oportunidades de crescimento
Publicação - 22 de novembro de 2024A Allianz Partners, líder mundial em serviços de assistência 24h, anunciou hoje os resultados de sua pesquisa B-Partner Lab 2024, oferecendo insights valiosos sobre as oportunidades e desafios…