No último dia 10 de junho foi realizada a LIVE Abramge “Gestão Financeira Em Tempos De Juros Negativos” que contou com as participações de Antonio Cesar Justo, Diretor Executivo da Vera Cruz Associação Saúde; Erik Lassner, Ex-CFO do Grupo São Francisco e Ex-Sócio da Gávea Investimentos; Fábio Rossetto, Diretor Executivo Financeiro (CFO) do CCG – Centro Clínico Gaúcho; e João Paulo Pieroni, Chefe do Departamento do Complexo Industrial e de Serviços de Saúde do BNDES, além das mais de 300 pessoas que acompanharam e enviaram perguntas em tempo real via YouTube e pela plataforma Zoom.
O debate foi mediado por Antonio Justo, que fez breve apresentação falando do cenário econômico atual e os desafios que representam para o mercado, não só de saúde: taxa de juros Selic em 3% (o menor patamar desde o início da série histórica, em 1996) com previsão de novo corte no índice já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), agendada para a próxima semana; inflação dos últimos 12 meses em 1,88%; grande variação do câmbio no período de pandemia; perspectiva de PIB negativo. Deixou a pergunta: com tudo isso em vista, como fazer a gestão financeira de uma empresa?
João Paulo foi o primeiro a se pronunciar e comentou que o BNDES tem atuação bastante extensa no segmento de saúde, do qual é o responsável pela área no banco, que atualmente possui investimentos em torno de R$ 11 bilhões em diferentes projetos relacionados tanto à indústria quanto aos serviços de saúde (suplementar, filantrópico e público).
Nos últimos três meses o BNDES lançou um série de medidas. A primeira foi voltada ao aumento de leitos emergenciais para o combate de covid-19 com mais de 10 operações aprovadas, a segunda injetou de maneira indireta repasses de R$ 5 bilhões para pequenas e médias empresas, e agora, mais recentemente, um crédito na ordem de R$ 2 bilhões voltado exclusivamente para hospitais e laboratórios diagnósticos com faturamento acima de R$ 300 milhões.
O Chefe do Departamento do Complexo Industrial e de Serviços de Saúde do BNDES, além de explicar como ter acesso a parte desses créditos, informou também que está em análise uma Medida Provisória que visa capitalizar empresas de menor porte por meio do FGI (Fundo Garantidor de Investimentos), com um aporte de até R$ 20 bilhões.
Erik Lassner falou da estratégia de aplicação de caixa das empresas nesse momento de juros baixos. “Manter investimentos em ativos de baixa volatilidade, baixo risco e bastante liquidez, como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), rendendo algo próximo a 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). A empresa não deve tentar gerar um resultado extraordinário com a aplicação do seu caixa, e sim com a sua própria operação, vendendo mais plano de saúde e reduzindo a sua sinistralidade e as despesas administrativas. Esse deve ser o foco”, afirmou o empresário.
Já para as operadoras associadas à Abramge das quais muitas são verticalizadas, ou seja, possuem hospitais e demais serviços de saúde próprios, sugeriu também que quando houver disponibilidade de um colchão de capital para investimento, que faça aportes em suas redes próprias, pois isso reduzirá o custo operacional e trará um resultado econômico acima das melhores aplicações financeiras mais conservadoras encontradas atualmente no mercado, e que ainda gerará um aumento na valoração final da empresa.
Pensando também nas operadoras que não possuem rede própria, mencionou a oportunidade gerada pela crise para se debater e repensar um modelo de remuneração dos prestadores de serviços de saúde que seja sustentável e faça mais sentido para todos os envolvidos.
Fábio Rossetto complementou a abordagem dos demais participantes levando ao conhecimento das pessoas que acompanharam a LIVE ABRAMGE alguns pontos de vista referentes às atividades microeconômicas do dia-a-dia de uma operadora de plano de saúde, em sua concepção o principal elo econômico da corrente do sistema de saúde.
Na oportunidade abordou questões como negociações diretas com os principais parceiros da operadora, tanto fornecedores quanto prestadores de serviços ou contratantes de plano de saúde, de maneira que viesse a proporcionar maior previsibilidade para esse conjunto de atores. Informou ainda que já vinha realizando debates construtivos com os demais setores para a implantação de novos modelos de remuneração, permitindo assim, justamente, uma maior assertividade nos custos e sendo mais eficiente e inteligente do ponto de vista assistencial.
Encerrando, Antonio Justo agradeceu a participação dos painelistas e também de todos que acompanharam ao vivo mais essa LIVE Abramge.
Quem não pôde acompanhar ou queira assistir novamente essa ou outras edições da LIVE Abramge acesse o Canal Abramge no YouTube pelo link https://bit.ly/35UVcnl.
GS Assessor de Imprensa
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