“Em todas as profissões enfrentamos desafios, questões externas que não podemos mudar. Nessas situações, temos que nos adaptar. Com isso, vocês consideram o atual cenário do mercado de seguros como uma ameaça ou como oportunidades?”. Foi com esse questionamento que o sócio-diretor da Movida Consultoria e Corretagem de Seguros, Renato Gonçalves, deu início ao evento “O Novo Papel do Corretor de Seguros”, promovido pela ENS no dia 5 de fevereiro, em sua Unidade em São Paulo (SP).
Diante do auditório lotado e de mais de 2,3 mil pessoas que acompanharam pelas redes sociais, Gonçalves respondeu sua própria pergunta afirmando que o setor hoje apresenta um “oceano de oportunidades”. O executivo explicou que, mesmo com as mudanças regulatórias no setor e o advento das inovações tecnológicas, o corretor continua sendo um profissional fundamental na cadeia produtiva do seguro. “A relação do corretor com o consumidor final é diferente da mantida pela seguradora. O corretor é o responsável por encontrar os produtos mais adequados para o consumidor, além de prestar atendimento e consultoria. Somos o elo de confiança com nosso cliente”.
Em razão disso, ele enfatizou que é imprescindível que o profissional tenha conhecimento técnico e formação específica. “O curso para habilitação de corretores continua sendo essencial para quem deseja comercializar seguros”, ressaltou Gonçalves.
O sócio-diretor da Neres Corretora de Seguros, Hidelbrando Neres, concorda que o momento é propício para o desenvolvimento de novos negócios e abertura de frentes para atuação dos corretores. “O cenário econômico é de retomada e o empresário está otimista. Está havendo uma mudança de comportamento e é importante surfar nessa nova onda”.
Para o sócio da Valor Global Consultoria e Corretagem de Seguros, Giuseppe Calabro, é preciso estar otimista, porém, os corretores devem se manter informados sobre o que está acontecendo no mercado e se envolver nos processos. “Os desafios são gigantes diante das inovações digitais e das mudanças nas formas de fazer negócios, mas espero que tenham desejo e vontade para enfrentá-los. Contem com a ENS e com a atuação dos Sincors, mas se envolvam nesse processo”, destacou.
Calabro afirmou ainda que, enquanto o cliente entender que o corretor é fundamental na cadeia de seguros, a profissão não irá acabar. “Mantenham-se informados e atualizem sempre os conhecimentos. Nesta instituição, encontramos os melhores profissionais e a melhor metodologia, que ensina na prática como orientar nossos clientes. Esse valor é difícil mensurar”.
Já o sócio da WinSeg Consultoria, André Rezende, afirmou que, para se manter competitivos, os corretores têm que investir em ferramentas que acompanhem as novas tecnologias. Segundo ele, adotar processos inovadores é mais simples e barato do que se imagina. “A transição digital não demanda grandes investimentos, como usar as suas redes sociais para divulgação. Utilizem a tecnologia para otimizar o seu tempo e humanizar o seu atendimento”, ressaltou.
Nova regulação
Sobre as recentes mudanças na regulação da profissão do corretor de seguros, o 1º secretário do Sincor-SP, Marcos Abarca, garantiu que os sindicatos estão trabalhando para garantir os direitos da categoria e orientou aos profissionais para que procurem os órgãos em casos de dúvidas. “Politicamente as entidades representativas dos corretores de seguros do País inteiro nunca trabalharam tanto em prol da categoria como vêm trabalhando agora. Principalmente para garantir direitos e consolidar a posição deste profissional no mercado”.
O executivo garantiu que as instituições estão pensando na continuidade do trabalho desses profissionais. “É um compromisso e estamos exercendo”. Ele citou ainda que a ENS é a principal instituição para quem busca formação no mercado de seguros. “Quem pensar no mercado de seguros vai pensar na ENS. Não tem alternativa, é um processo natural. Tanto isso é verdade que o Ibracor, os Sincors de todo o Brasil e a ENS trabalham de mãos dadas, em conjunto. É preciso ter isso em mente. Tenham certeza de que as entidades trabalham para garantir os direitos dos corretores”, finalizou Abarca.
Oficina do Texto
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