Elas são maioria no setor de seguros e avançam a passos largos em sua qualificação para o trabalho. No entanto, ainda enfrentam desigualdades em termos de remuneração e ocupação de cargos de chefia. Apesar da crescente participação feminina neste mercado, a diferença salarial em relação aos homens é significativa. Da mesma forma, as oportunidades de ascensão profissional são bem distintas na comparação entre os gêneros. Essas são as principais conclusões do 3º Estudo “Mulheres no Mercado de Seguros no Brasil”, coordenado pela Escola Nacional de Seguros (ENS).
O levantamento, com dados de 2018, aponta os desafios e os gargalos da força de trabalho feminina em um segmento que, apesar das incertezas na economia, atrai um número cada vez maior de profissionais. Atualmente, as mulheres respondem por 55% da mão de obra no mercado de seguros. Em 2015, o salário médio no setor era de R$ 5,4 mil para homens e R$ 3,9 mil para mulheres. Três anos depois, esses valores subiram para R$ 6,3 mil e R$ 4,5 mil, respectivamente, compatíveis com a inflação no período. Ou seja, as mulheres recebem, em média, 71% do salário dos homens.
Um dado positivo do 3º Estudo é a redução do desequilíbrio nos cargos de alto escalão. Hoje, há uma mulher executiva para cada três homens nas seguradoras. Em 2012 (ano da primeira pesquisa), essa relação era de uma para quatro. No nível de gerência, 53,5% dos postos são ocupados por homens, contra 46,5% de mulheres. Aqui também houve avanço importante: em 2012, elas exerciam 41% dos cargos nessa faixa.
“A probabilidade de um homem se tornar executivo neste segmento é quase três vezes maior que a de uma mulher. Sem dúvida, ainda há um longo caminho a percorrer para mudar esse quadro. De todo modo, é importante destacar a redução das desigualdades no período de seis anos”, explica Maria Helena Monteiro, diretora de Ensino Técnico da ENS.
Coordenadora do estudo, ao lado do economista Francisco Galiza, Maria Helena destaca um cenário em transformação. “Vejo a preocupação das empresas em aumentar a diversidade como uma decisão estratégica. O mercado de seguros vende para todos os públicos e não pode ser gerido só por homens. Ainda mais se pensarmos que são as mulheres que definem as prioridades financeiras em casa”, acrescenta.
O 3º Estudo “Mulheres no Mercado de Seguros no Brasil” coletou informações de 23 empresas, compondo um universo de quase 28 mil funcionários. Essas empresas respondem por mais de 80% do faturamento do setor. Também foram enviados questionários específicos a mulheres executivas em atividade no mercado de seguros, dos quais 436 foram respondidos.
As respostas demostram otimismo com o setor. Ao todo, 60% das executivas acreditam que a situação está melhor ou muito melhor do que há três anos, em termos de oportunidades e participação feminina no mercado de seguros. Para 35%, a situação está igual. Apenas 5% acham que o cenário está pior.
O estudo foi lançado no 9º Conseguro nesta quarta-feira, dia 4 de setembro. O evento será realizado no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB) nos dias 4 e 5 de setembro.
Comunicação da Escola Nacional de Seguros
Imagem: pixabay
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