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Seminário da Marsh/JLT discute os riscos de ataques cibernéticos

17 de maio de 2019
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Foto: Marta Schuh, especialista em riscos cibernéticos da Marsh/JLT

O Cyber Security View reuniu 200 representantes de empresas brasileiras em São Paulo para debater as principais medidas de prevenção contra incidentes virtuais

Empresários, executivos e especialistas em tecnologia da informação e em segurança digital se reuniram na tarde da última quinta-feira, dia 16 de maio, no Cyber Security View 2019 para debater um assunto que atrai a atenção de companhias dos mais variados portes e perfis: os riscos de ataques cibernéticos e vazamento de informações depositadas em bases de dados. Durante aproximadamente cinco horas, 200 representantes das principais empresas brasileiras ouviram profissionais do setor de seguros corporativos e especialistas em segurança digital sobre as tendências do setor e principalmente a crescente necessidade de medidas de prevenção contra esse tipo de ataque como também de mitigação de danos caso eles venham a ocorrer.

“Hoje, na América do Norte, os seguros contra os ataques cibernéticos já movimentam US$ 4 bilhões de dólares por ano e estão entre os principais itens das carteiras das seguradoras. No Brasil, esse é um segmento que só agora começa a ser visto com atenção, mas é inevitável que venha a crescer”, disse Alvaro Eyler, diretor de Risk Management da Marsh/JLT, empresa organizadora do evento, ao lado das seguradoras AIG, Zurich, Generali e Chubb.

Os seguros para riscos cibernéticos começaram a ser oferecidos no país em 2012. Adotados inicialmente por multinacionais alinhadas com as estratégias de suas matrizes europeias e americanas, ganharam nova dimensão a partir da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que prevê que a adoção de medidas de conformidade pelas empresas brasileiras até agosto de 2020. Pela nova lei, episódios de vazamentos de dados pessoais podem render multas de até R$ 50 milhões de reais. “A LGPD estabelece novos conceitos para dados pessoais e altera os mecanismos de transferências de riscos entre as empresas. Com isso, é preciso estarmos preparados para essa nova realidade no Brasil, assim como as companhias têm se preparado nos Estados Unidos e na Europa”, alertou o advogado Marcos Bruno, do escritório Opice Blum e Associados, especializado na área de direito digital.

O Cyber Security View 2019 teve a participação do promotor Kenn Kern, da Procuradoria de Justiça da Cidade de Nova York, que falou sobre as alianças de entidades públicas e privadas para prevenção e contenção de ataques em Nova York e no estado do Michigan. O delegado da Policia Federal Luiz Roberto de Godoy, traçou um contraponto brasileiro aos programas apresentados por Kern, ao discorrer a respeito do assunto sob o ponto de vista das autoridades brasileiras. “Nós ainda temos restrições a parcerias com empresas e instituições privadas na área digital e isso é uma questão que inevitavelmente terá que ser revista. Não há combate ao crime digital sem troca de informações entre governos e empresas”, disse o delegado.

Na segunda parte do evento, o jornalista Pedro Doria conduziu um debate entre representantes de empresas que já enfrentam as ameaças digitais em suas operações. Alexandre Frasson (Tribanco), Thiago Galvão, (VLI), Felipe Melo (T-Systems) e Rogério Junior (Localiza) discutiram sobre os desafios que têm em suas operações com a nova legislação e como a ferramenta de seguros se encaixa em tal cenário.

Em outro painel, Marta Helena Schuh, especialista em riscos cibernéticos da Marsh/JLT, conversou com Hellen Fernandes (Zurich), Mariana Ortiz (Generali), Sandra Cabrera (Chubb) e Thiago Lino (AIG) sobre os mais recentes casos de ciberataques, no Brasil e no exterior. “Nossos dados apontam que uma em cada três empresas de médio e grande porte no Brasil sofreu algum tipo de incidente com vazamento de dados nos últimos 12 meses. É um índice alarmante”, disse Marta.

LGA Comunicação

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