Quilometragem é o critério que mais influencia o preço do automóvel, mas não deve ser o único a ser avaliado pelo vendedor
Especialista em automóveis e CEO da Carflix, Fabio Pinto, dá dicas de como saber o melhor valor para o seu seminovo
Fazer um bom negócio quando o assunto é vender usado é algo que exige alguns cuidados, como por exemplo a definição do preço do veículo. A distância percorrida pelo carro é um dos critérios que mais influencia o preço do automóvel no mundo todo e é também o mais avaliado pelos brasileiros, mas não deve ser a único, é o que afirma Fabio Pinto, especialista e CEO da Carflix (www.carflix.com.br).
Fabio Pinto explica que o tipo de uso do carro e sua conservação são características que podem se sobrepor à quilometragem. “De modo geral, o mercado considera de 10 a 15 mil km rodados por ano, a média ideal para que um carro não seja considerado desgastado. A rodagem também é um dos critérios para definir se um carro será considerado um seminovo ou um usado, entretanto, se o automóvel não estiver bem conservado o valor do seminovo tende a ser mais baixo mesmo se o carro estiver pouco rodado”, informa Fabio.
Usada como referência para tabelar preços de carros novos e usados, a tabela FIPE é o principal indicador para fazer cotação de valores de compra ou de venda de veículos. “Este material serve como referência para quem não tem ideia de qual o valor doseu automóvel, mas o preço final pode ser diferente a depender de outros fatores como estado de conservação, acessórios e até cor do veículo”, destaca o CEO da Carflix.
Confira outros fatores que influenciam no valor do carro, segundo o especialista:
Estado de conservação
Além da rodagem, o vendedor precisa fazer uma minuciosa inspeção nos pneus, motor, interior e lataria. “Em alguns casos, a quilometragem pode até não influenciar tanto no preço do carro, desde que seu estado de conservação esteja satisfatório”, afirma Pinto.
Acessórios
A presença de acessórios também deve ser avaliada na hora de definir um valor para o automóvel. Por exemplo: se o carro não tinha ar condicionado de fábrica e passou a ter, tal melhoria vai fazer com o que o preço aumente.
Cor
Um fator que passa despercebido para o vendedor de um carro usado é a sua cor, que erroneamente é considerado apenas um fator estético. Isso porque existem cores que conseguem manter a aparência de novo por mais tempo, como o cinza, prata e tonalidades. Automóveis pretos também são vantajosos, pois evidenciam seu bom estado se estiverem bem conservados. Já os brancos sofrem maior desvalorização, pois sujam com mais facilidade e deixam mais expostas eventuais falhas na pintura.
Depreciação
Por determinação da Receita Federal, todo automóvel de passeio, sofre depreciação de 20% todo em todo ano em relação ao preço do ano anterior. Esse percentual, depois da tabela FIPE, é o principal índice a ser considerado para cotar o preço de um veículo para venda.
Agência NoAr
Foto: visualhunt
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