Na última semana, a Euler Hermes, líder mundial em seguro de crédito e especialista em seguro garantia, marcou presença no UQBAR Day 2021, fórum de discussão sobre os temas mais relevantes dos mercados de securitização, inovação, agronegócio, ESG e imobiliário, realizado de forma online entre os dias 14, 15 e 16.
A seguradora de crédito foi convidada pela North Soluções Financeiras, consultoria especializada em antecipação de recebíveis, para integrar o painel A importância do seguro de crédito nas operações de FIDCs, que contou com a participação do CEO da North, Francisco Canedo Neto, e Daniel Luján, superintendente da Euler Hermes Brasil.
A abertura da participação da Euler Hermes no mercado de FIDCS (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) se iniciou em 2013, através de um investidor internacional, que tinha o interesse de absorver as oportunidades de crescimento do Brasil naquele momento e, ao mesmo tempo, desenvolver os negócios com maior segurança e garantia de rentabilidade dos investimentos.
“A partir de então, passamos a desenvolver soluções para as carteira de diversos fundos, onde analisamos as concessões de crédito para sacados de múltiplos segmentos, sem restrição. Nós analisamos a empresa pautados na capacidade de crédito, seja de pequeno ou grande porte e assim conseguimos conduzir para que esses fundos alavanquem os negócios e conquistem uma rentabilidade maior”, explica Luján.
Benefícios do seguro de crédito na prática
Canedo lembra que a North Finance é especializada em investidores estrangeiros e o seguro de crédito é fundamental para negociar e desenvolver um bom trabalho no exterior. “A hora em que você diz que quem está ‘atrás da mesa’ para negociar é a Euler Hermes, uma empresa do Grupo Allianz, o estrangeiro se tranquiliza muito mais em relação ao crédito. Quem trabalha com FIDC sabe que ele está muito mais relacionado a questões de fraude e não performance do cedente, do que no risco do sacado”, afirma.
O superintendente da Euler Hermes reforça que o seguro de crédito não tem ‘zona cinzenta’, portanto, a cobertura é realizada por insolvência e mora prolongada dos compradores, com foco em empresas/sacados estabelecidas dentro ou fora do Brasil, para FIDCS que têm interesse em comprar recebíveis de exportações brasileiras, por exemplo.
“O FIDC que estiver comprando uma apólice de seguro de crédito com a única e exclusiva finalidade em ter a indenização para um risco ruim, talvez não iremos conseguir ter um bom relacionamento e dar condições para cobrir tal risco. Isso porque o risco certo não é coberto por seguro algum, portanto, o nosso trabalho é proporcionar as melhores condições para alavancar negócios”, afirma Luján.
O CEO da North Soluções Financeiras, Francisco Canedo Neto, complementa que o seguro de crédito também pode ser utilizado como uma importante ferramenta de venda, uma vez que alguns setores concentram os negócios em poucos clientes. “Aquela empresa que já está acostumada a fazer negócios até determinado limite de crédito com garantias ou não, o FIDC que tem uma apólice pode alavancar as vendas dele”, afirma.
Tendências do mercado
Luján também explica que o seguro de crédito vem crescendo ano a ano no mercado de FIDCs no Brasil, oferecendo diversas oportunidades.
“Nós sabemos que a dinâmica do fundo é diferente, pois preciso ter um estoque de crédito relevante para conseguir fluir com a dinâmica dos negócios e isso já oferecemos naturalmente aos nossos clientes, sabendo qual é o risco que determinado sacado oferece e o quanto a seguradora está disposta a cobrir”, explica.
Além disso, Luján lembra que todas as empresas estão atentas às novas tecnologias para gerar economia no processamento dos serviços e a seguradora está muito aderente a esta questão. “Pretendemos trazer novos produtos para o Brasil para conseguir atingir mais segurados, com uma experiência mais efetiva no dia a dia, onde ele consiga utilizar o seguro dentro da sua customização necessária. É algo que já estamos fazendo, mas esperamos que isso se consolide de uma forma mais contundente com o uso das novas tecnologias”, acredita.
Aplicabilidade no setor agro
Por fim, o painel discutiu a aplicabilidade do seguro de crédito no setor do agronegócio, que tem sido pauta nas maiores mesas de crédito no país, uma vez que é um setor que demanda crédito naturalmente e vem ganhando novos contornos.
Segundo Luján, a seguradora está atenta a esse movimento, mas pondera que existem diversos fatores que podem interferir nas operações, principalmente climáticos.
“Nós precisamos ter uma visibilidade para conduzir essa cobertura. Um dos riscos muito comuns são as coberturas de CPR (Cédula de Produto Rural), que não fazem parte da associação do seguro de crédito, pois é preciso ter um recebível comercial vinculado da venda de um produto ou serviço com data fixa de pagamento”.
O superintendente lembra, porém, que o seguro de crédito pode atuar como um reforço de crédito para a emissão de um CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio), por exemplo. “Temos total disposição para avaliar esse tipo de negócio, mas com muita cautela”, finaliza.
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