Superar os desafios diários no transporte de cargas requer estratégia. Para driblar os prejuízos decorrentes dos roubos e de acidentes nas estradas, o jeito é investir no gerenciamento de riscos e em um bom seguro.
Embarcadores e transportadores têm feito isso, mas como o mercado securitário se prepara para tornar seus processos mais otimizados, ágeis e inteligentes?
Assim como o gerenciamento dos riscos, a contratação do seguro melhora a confiabilidade e a segurança financeira das operações logísticas. Na maioria dos casos, o seguro é uma obrigação legal, mas, seja como for, é ele quem dá a tranquilidade necessária às empresas.
Nesse processo, as corretoras e seguradoras são elos fundamentais, especialmente quando dominam as especificidades da complexa cadeia logística e sabem usar a tecnologia a seu favor.
Corretor de seguros no transporte de cargas: elo fundamental na cadeia logística
Na jornada por mais segurança nas operações do transporte rodoviário, os corretores de seguro, em parceria com as seguradoras, são, sem dúvida, grandes aliados. Os números mostram a importância de fazer o seguro dos veículos e das cargas.
Em 2023, o Brasil registrou mais de 17 mil roubos a carga – um prejuízo superior a R$ 1,2 bilhão. Já o envolvimento de caminhões em acidentes com vítimas chega a 20%, estando envolvidos em 47% das mortes, um número expressivo considerando-se que, no país, a cada ano, são registradas mais de 50 mil ocorrências com mortos ou feridos, segundo a Confederação Nacional dos Transportes (CNT).
Na tentativa de reduzir a vulnerabilidade e os prejuízos no transporte de cargas, os profissionais dedicados à corretagem, em parceria com as seguradoras, têm papel importante. Por isso, devem se especializar e, mais do que isso, garantir a agilidade necessária aos processos de negociação do seguro e liberação das cargas.
Nesse contexto em que embarcadores e transportadores tentam de toda forma se proteger e reduzir os prejuízos com sinistros, as corretoras de seguro têm papel determinante. Para conquistar resultados de segurança, é fundamental promover uma transformação digital, abandonando rotinas ultrapassadas e atividades manuais – práticas essas bem mais suscetíveis a erros e a retrabalhos do que processos automatizados e integrados.
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra um aumento de 59% nos custos do setor industrial com seguro de cargas. Ou seja, as demandas do mercado por mais proteção às mercadorias durante o transporte representam excelentes oportunidades de negócio e crescimento às corretoras.
Vale a pena investir em tecnologia para gestão de corretagem?
O tema “transformação digital” é um velho conhecido do setor logístico, mas nem todas as empresas do mercado securitário de transportes automatizaram seus processos ou integraram seus softwares a outros sistemas usados na cadeia logística.
O mercado de seguros para o transporte de cargas tem muitas especificidades e grande parte das empresas ignora as vantagens de um bom sistema de gestão, não sistematizaram seus processos, nem modernizaram as rotinas ou iniciaram a verdadeira transformação digital.
Atividades manuais, planilhas, pilhas de papel, trocas de e-mails e nenhuma integração com outros elos da cadeia logística prejudicam a eficiência operacional das corretoras de seguro e impedem a redução de custos.
Em um segmento burocrático e complexo como o mercado securitário, a falta de investimento em um sistema de gestão específico para corretoras acentua os seguintes desafios:
Morosidade nos trâmites: processos tradicionais lentos e burocráticos, desde a cotação até o sinistro.
Gestão fragmentada: uso de múltiplas ferramentas e sistemas pouco integrados.
Visibilidade limitada: falta de visibilidade centralizada nas operações, dificuldade para fazer o controle efetivo e barreiras para tomar decisões rápidas.
Riscos de não conformidade: não conformidade em averbações e outras exigências regulatórias, o que pode ocasionar sinistros sem cobertura por falta de averbação.
Sem dúvidas, gerenciar um serviço estratégico para a segurança do transporte de cargas e que envolve um volume bilionário de contratos de seguro requer investimentos em novas tecnologias.
Vantagens da gestão eficiente das corretoras de seguro
Fazer o controle e a gestão operacional de forma eficiente e confiável, reduzir as intervenções manuais, diminuir erros e retrabalhos, controlar os custos e unificar toda a jornada de corretagem do transporte de cargas é possível.
Basta que as corretoras de seguros recorram à transformação digital e à adoção de sistemas de gestão desenvolvidos especialmente para esse nicho de negócio. Os benefícios da tecnologia são:
1. Integração de sistemas
A integração de sistemas simplifica os processos, melhora a interface com outros elos da cadeia logística e evita redundâncias.
2. Automatização de tarefas
A automatização acelera atividades rotineiras, reduz erros, melhora a confiabilidade nos processos e libera os corretores para tarefas de maior valor agregado ao negócio.
3. Visibilidade
A visibilidade é outra vantagem oferecida por sistemas de gestão para corretoras. Enxergar os processos, acompanhar os trâmites em tempo real e se comunicar mais facilmente com os clientes é essencial para a oferta de bons serviços.
4. Análise avançada
As ferramentas de análise avançada melhoram a compreensão sobre as tendências do mercado e o comportamento dos clientes.
Ou seja, um sistema de gestão para corretoras de seguros aumenta a eficiência operacional, agiliza os processos, credibiliza o negócio e reduz custos gerais.
5. Inteligência artificial
O uso de inteligência artificial embarcada é um grande diferencial na otimização de tarefas repetitivas, e traz a possibilidade de alavancar conhecimento e insights paro o seu negócio, sendo fator primordial na geração de resultados mais rápidos.
Corretores estão habituados a lidar com documentos e burocracias, mas o tempo que levam para fazer tudo manualmente pode ser reduzido consideravelmente – ou até zerado – com um sistema de gestão específico para corretoras, principalmente se a solução estiver integrada a todo o ecossistema logístico.
A escolha desse sistema é um ponto importante. Por fim, é necessário que a solução seja desenvolvida por quem realmente entende de gestão logística end to end.
Por Georgio Dovas, CEO de Mercado Securitário na nstech
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