O primeiro trimestre de 2024 encerrou com aumento nas notícias de incêndios estruturais em comércios. É o que aponta levantamento do Instituto Sprinkler Brasil, organização sem fins lucrativos que tem como missão difundir o uso de sprinklers nos sistemas de prevenção e combate a incêndios em instalações industriais e comerciais no País. Por meio do monitoramento diário de notícias de incêndios no Brasil, o Instituto conseguiu capturar 136 ocorrências de incêndios estruturais em estabelecimentos comerciais de janeiro a março deste ano, representando alta de 27,9% ante o mesmo período de 2023, quando foram registradas 98 notícias.
Os números também registram aumento em comparação com 2021 (107 ocorrências) e um grande crescimento em relação a 2020, quando foram capturadas 65 reportagens. ”Fechamos o ano anterior e seguimos com o primeiro trimestre de 2024 com altas significativas nos registros de incêndios. Recentemente foi registrada uma grave ocorrência em uma loja de móveis em Minas Gerais, com grande destruição e prejuízos materiais. É necessário que empresários e donos de estabelecimentos comerciais estejam atentos e adotem medidas de prevenção e segurança contra incêndio para que casos como esse não se repitam”, relata Marcelo Lima, consultor do ISB.
As ocorrências contabilizadas são chamadas de “incêndios estruturais”, ou seja, aquelas que poderiam ter sido contornadas com a instalação de sprinklers e ocorreram em depósitos, hospitais, hotéis, escolas, prédios públicos, museus, entre outros. O ISB não inclui nas estatísticas os incêndios residenciais, que apesar de também serem incêndios estruturais, não são objeto de acompanhamento porque a legislação de segurança contra incêndio não se aplica a residências unifamiliares, onde acontece o maior número de ocorrências.
A legislação de prevenção e combate a incêndios é estadual e está atualizada. A de São Paulo é uma das mais avançadas do País e serve de modelo para grande parte do Brasil. “A questão está em aplicá-la corretamente”, explica Marcelo Lima.
“A regulamentação atual exige que sejam instalados sistemas de proteção de incêndios, mas não há regra ou exigência sobre o nível de confiabilidade dos equipamentos. Dessa forma, muitos estabelecimentos atendem à legislação, mas com equipamentos não certificados, sem a garantia do funcionamento dos produtos quando forem demandados”, conclui Lima.
Uso de sprinklers ainda é tímido
Em pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos junto a empresas multinacionais e de capital nacional com mais de 250 funcionários a pedido do ISB, revelou que o grau de adoção de sprinklers nas empresas é baixo. Apenas 36% das 300 companhias entrevistadas pelo Ipsos disseram contar com sistemas deste tipo em suas instalações.
O levantamento mostrou ainda que apenas 14% das entrevistadas disseram contar com sistema deste tipo em todas as suas unidades e 22% declararam contar com o sistema em apenas algumas unidades operacionais.
O estudo detectou que o uso de sprinklers é maior entre as multinacionais. 48% das empresas estrangeiras, com operações no país, ouvidas pelo levantamento, disseram ter sprinklers em suas operações. Entre as empresas nacionais, o índice é de 34%.
O porte também influi na aderência a este tipo de tecnologia. O índice de uso sprinklers em empresas com mais de 500 funcionários é de 45%. Entre empresas menores, com 250 a 499 funcionários, o percentual é de 28%.
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