A TEx, insurtech especializada em soluções online para o mercado segurador, divulga os números de Julho de 2023 do IPSA – Índice de Preços do Seguro Automóvel. De acordo com o estudo, o Índice de Preços do Seguro de Automóvel voltou a cair novamente em julho, apresentando redução de 3,2% em relação ao mês anterior, chegando ao valor de 6,0%. Na comparação com 12 meses antes também houve queda de 9,1%. Pelo terceiro mês consecutivo o índice registrou redução, o que não acontecia desde abril de 2021.
De acordo com Emir Zanatto, CEO da TEx, o resfriamento do mercado de seguro auto está diretamente ligado às variações de preços dos veículos, que têm sofrido redução nos últimos meses. “Fatores como a medida provisória do Governo Federal, que reduziu o IPI, e a queda dos preços dos seminovos nos últimos meses impactam no valor do seguro”.
Novidade – Como forma de mensurar o comportamento nos preços dos veículos, a TEx desenvolveu o Índice de Preço de Veículos (IPV), que traz a variação de preços de veículos no último ano. “Combinamos nossa base de veículos, oriundos dos cálculos do TELEPORT, com as variações de preço dos últimos 12 meses”, explica Emir.
No período, o Índice de Preço de Veículos apresentou um movimento quase ininterrupto de quedas, atingindo o valor de 94,9 em julho de 2023, 5,1% abaixo do valor de julho de 2022 (100), e 0,5% abaixo do mês anterior (95,4). “Um carro que valia R$ 100 mil há um ano, vale hoje R$ 94.900, por exemplo. Isso reforça o argumento de que o preço em geral dos veículos está em movimento de queda há pelo menos 12 meses”, ressalta o executivo.
Ainda de acordo com Emir, embora o IPSA e o IPV sejam independentes, eles se complementam na ótica do “bolso” do consumidor. “No mercado de seguros, o consumidor lida com o prêmio, combinação entre a taxa de risco e o valor do veículo, justamente os alvos dos índices mencionados”.
Além do cenário abordado acima, o executivo da TEx também cita as quedas da criminalidade, índices de roubo e furto, e da demanda por veículos, após um longo período de alta nos últimos anos, como fatores que contribuem para redução no preço do seguro auto.
O IPSA de julho apresentou nova queda para o gênero masculino, batendo 6,3%, bem como para o sexo feminino, que ficou em 5,6%. Apesar dessa diminuição da distância entre os sexos, vale destacar que os homens ainda pagam 12,5% a mais que as mulheres.
O estado civil também influencia no valor do seguro automóvel. De acordo com o IPSA de julho, homens solteiros pagaram em média 8,5% no Seguro de Automóvel, sendo 63,5% mais caro que mulheres casadas, que pagaram 5,2%. Já os homens casados pagaram em média 5,8%, sendo 14,7% mais barato que mulheres solteiras, que pagaram 6,8%,
Dados regionais – A região onde o segurado reside é um fator muito importante na precificação do seguro, pois interfere diretamente nas taxas de roubo e furto. “Em julho, pudemos observar que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro pagou 7,2% (do valor do seguro do carro), aproximadamente 67,4% a mais comparado com a Região Metropolitana de Belém, que pagou 4,3%, o índice mais baixo das regiões comparadas”, destaca o executivo.
Especificamente nas capitais analisadas, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro os extremos foram os mesmos. Zona Leste paulistana e Zona Norte carioca apresentaram 8,6%, sendo 87% mais cara do que a região central de São Paulo e Zona Sul do Rio de Janeiro, ambas apresentando 4,6%. Já o Centro de Belo Horizonte registrou em julho a menor taxa entre as quatro cidades analisadas, com 3,6%, e a capital pernambucana apresentou a menor distância entre os extremos, com variação de 46,3%.
Em relação ao ranking dos carros mais cotados pelo TELEPORT, ferramenta mais usada pelas Corretoras de Seguros no País, o Chevrolet Onix se manteve na liderança com 6,8% do volume total, seguido novamente pelo Hyundai HB20 com 4,9% e o Jeep Renegade com 3,0%.
Em relação à análise do IPSA de veículos híbridos, elétricos e à combustão com até dois anos de idade, pela primeira vez o índice de carros a gasolina, com 4,6%, ultrapassou, os veículos a diesel, com 4,5%. Já o índice de híbrido atingiu 3,5% enquanto o elétrico 3,1%. “Historicamente, os índices de propulsões alternativas são menores que os de veículos à combustão. Isso ocorre em grande parte por conta da manutenção mais simples e dos riscos menores de roubo e furto dos veículos híbridos e elétricos”, contextualiza e executivo.
Vale lembrar que o IPSA é produzido com base nos dados do TEx Analytics, ferramenta de inteligência de mercado desenvolvida pela TEx e dividido em quatorze indicadores: IPSA, que mede a inflação geral e leva em consideração segurados de ambos os sexos de todo o país, IPSA por gênero, IPSA por faixa etária, IPSA por estado civil, IPSA por população, IPSA por região, IPSA por idade do veículo, IPSA por tipo de Seguro, IPSA por valor da tabela Fipe, Ranking de mais Cotados por Combustíveis, Ranking de Carros Elétricos Mais Cotados, Ranking de Carros Híbridos mais Cotados, Comparativo do IPSA por Combustível, Ranking de carros mais cotados pelo TELEPORT, e agora com o IPV (Índice de Preço de Veículos).
“Somos hoje a empresa com maior volume de dados e maior penetração no país e as Corretoras de Seguros e Seguradoras utilizam as soluções da TEx diariamente. Essa penetração possibilitou a criação do Índice de Preços do Seguro Automóvel. O IPSA traz um panorama exato do cenário do seguro auto no Brasil”, finaliza Emir Zanatto, CEO da TEx.
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