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Seguros ampliam proteção para danos climáticos, revela estudo da CNseg

3 de novembro de 2022
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A sétima edição do Relatório de Sustentabilidade do Setor de Seguros, produzido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), revela que nos últimos três anos a porcentagem das seguradoras que declararam a preocupação com questões ambientais, sociais e de governança (ASG) no momento de desenvolver produtos e serviços saltou de 43%, em 2016 para 73,7% em 2021. Entre os temas ASG que mais impactam o setor de seguros estão as mudanças climáticas

A superintendente de relações de consumo e sustentabilidade da CNseg, Luciana Dall´Agnol, explica que enchentes, secas, epidemias, descartes de resíduos sólidos e vendavais são alguns dos eventos relacionados às mudanças climáticas mais citados pelas seguradoras consultadas para o relatório. “O aumento da frequência e severidade desses eventos tem potencial para impactar as carteiras das empresas do setor, principalmente porque podem ocorrer concentrados em uma região geográfica e resultar em indenizações para diferentes ramos, comprometendo ativos financeiros essenciais para a solvência das empresas securitárias”.

Por outro lado, Luciana destaca que mudanças dos padrões do clima também ensejam oportunidades de negócios para as empresas com a criação de novos produtos, serviços e assistências. “É o caso dos seguros climáticos paramétricos, feitos sob a medida para protegerem segurados de índices climáticos prejudiciais às suas atividades econômicas”.

Outros exemplos de produtos desenvolvidos pelo setor segurador que consideram aspectos ASG incluem o Seguro de Responsabilidade Civil Ambiental – que permite a cobertura de danos e gastos com ações emergenciais ambientais que sejam diretamente consequentes da ocorrência de Evento de Poluição Ambiental – seguro ambiental para transportes, desenvolvido especialmente para riscos relacionados às atividades de transporte de mercadorias e resíduos, oferecendo cobertura para possíveis danos que uma carga, seja ela perigosa ou poluente, possa causar ao meio ambiente e até garantia estendida com logística reversa, uma assistência que possibilita o descarte ambientalmente correto de produtos que não são mais utilizados.

Também destaque no relatório é o aumento no número de seguradoras que incluem critérios ASG (Ambiental, Social e Governança) nas decisões sobre política de investimentos, optando por emissões de greend bonds – títulos de dívidas sustentáveis – e debêntures com compromisso ASG (sustainable linked bonds). Em 2016, 29% das empresas ouvidas tinham essa preocupação. Cinco anos depois, o número evoluiu para 56,5% em 2021, um crescimento de 94,8%. O aumento é ainda maior entre as seguradoras que possuem gestoras de recursos própria. Se em 2016, apenas 14% contavam com metodologia de avaliação ASG na análise e gestão de ativos já implementada, atualmente, esse número chega a 50%.

Para a superintendente CNseg, apesar das reservas técnicas do setor serem altamente reguladas, as seguradoras demonstram compromisso com a agenda ASG quando se trata de seus investimentos. “Empresas com boas métricas de ASG são mais resilientes e são associadas a maior geração de valor no longo prazo. Isso porque são capazes de melhor gerenciar os riscos e oportunidades socioambientais e possuem estrutura de governança robusta que as permite atravessar períodos de crise”.

O estudo da CNseg mostra também que participação de seguradoras que incluem o tema ASG na estratégia de negócios passou de 77% em 2016 para 86,4% em 2021. “A partir da criação do marco regulatório de sustentabilidade do setor segurador, a Circular Susep no. 666, a expectativa é que os dados do próximo relatório apontem um índice de quase 100% de adesão”, avalia Luciana.

Participam do Relatório de Sustentabilidade da CNseg 35 seguradoras que, juntas, detêm 85,7% de market share no setor segurador brasileiro. A adesão ao levantamento não é obrigatória, mas, desde 2016, tem sido superior a 80%, o que mostra a importância do tema para o setor.

Assessoria de Imprensa da CNseg

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