A luta da mulher pela equidade no mercado de trabalho não é de hoje, e ainda assim o resultado está distante do pretendido. Quando falamos em números, verificamos que as mulheres já ocupam 50%, ou mais, dos postos de trabalho nas organizações. Mas, ao analisar a quantidade de mulheres em cargos executivos, a proporção de homens nessas posições é muito superior.
Enquanto mulher, e com pretensão de alcançar posições executivas, sempre ouvi dizer que “somos responsáveis pela nossa carreira” – o que nunca questionei. Mas, foi apenas quando tomei consciência do que isso significava e traduzi essa frase em ações, comecei a chegar mais perto de meu objetivo.
Para mim, ser responsável pela minha carreira significou estudar muito e estar sempre aberta a novos aprendizados. Significou confiar no meu potencial, entender os meus pontos fortes e fracos e saber explorar os fortes para que eu me destacasse através deles. Significou traçar metas claras e compreender que a conquista de meus objetivos é de meu interesse, e não posso ficar esperando o meu chefe, a empresa que eu trabalho ou até o universo, realizá-los para mim. Meus objetivos dependem, sobretudo, de minhas atitudes.
Lendo mais a fundo sobre o comportamento de homens e mulheres no mercado corporativo, descobri que os homens, muitas vezes com qualificações e conquistas inferiores às das mulheres, não se sentem acanhados de falar de seus “feitos”. Por outro lado, as mulheres, mesmo com um robusto currículo e muitas metas atingidas, não falam sobre isso. O motivo? Por vergonha, por não se perceberem boas o suficiente ou mesmo ouvidas, além de serem interrompidas pelos homens durante a sua fala (o famoso “manterrupting”).
E, conhecendo os meus pontos fortes, passei a expor mais as minhas ideias, assumir a liderança de projetos multidisciplinares, me aperfeiçoar mais tecnicamente e sempre aceitar novos desafios. Mesmo que com um frio na barriga, mesmo que não parecesse tão natural. Mas repeti isso tantas vezes, que passou a ser uma verdade para mim, e certamente contribuiu para o crescimento da minha carreira.
Uma outra atitude essencial foi me cercar de pessoas, especialmente de mulheres inspiradoras. Li muito sobre algumas delas e principalmente, tive a sorte de compartilhar espaços com mulheres fortes, empoderadas e que entendem que ajudar uma mulher em seu crescimento de carreira é ajudar a todas. Sou grata por tudo o que me ensinaram. Elas fizeram com que eu quisesse seguir seus exemplos.
Sabemos que muitas pessoas e empresas não estão medindo esforços para diminuir essa desigualdade de gênero. Enquanto esse dia não vem, cabe à você, mulher, fazer a sua parte: assumir a responsabilidade e ser protagonista de sua carreira, ou continuar no mesmo lugar. O protagonismo é um caminho mais difícil, mas tenha a certeza de que você é capaz. Todas nós somos.
* Por Tatiana Simões Rabello Franzoe, superintendente de Jurídico e Compliance da Generali Brasil
Spin Comunicação
You may be interested

Papel das empresas na saúde financeira dos colaboradores
Publicação - 12 de setembro de 2025Não é de hoje que os números têm reforçado um fato alarmante: o endividamento das famílias brasileiras segue em uma crescente. Segundo a mais recente Pesquisa de…

Seminário na USP aborda o impacto da nova lei de seguros
Publicação - 12 de setembro de 2025Para Dyogo Oliveira, o setor está pronto para a regulamentação da Lei 15.140/2024 a partir de dezembro deste ano. "O seguro é um instrumento de equilíbrio dentro…

Evento destacou importância da qualificação no segmento de PPM
Publicação - 12 de setembro de 2025Durante o evento “Reflexões sobre a Resolução CNSP – LC nº 213/2025”, promovido pela Escola de Negócios e Seguros (ENS), no início deste mês, um dos temas mais debatidos…
Mais desta categoria

Maestro João Carlos Martins recebe o “Prêmio por Toda uma Vida Profissional”
Publicação - 12 de setembro de 2025

