Na história da humanidade, há duas consequências trágicas que justificam a ocorrência de pandemias: a perda de milhões de vidas e o desequilíbrio sistêmico das economias. As duas tragédias são exponenciais, mas a primeira está acima do debate. Os próprios economistas são unânimes em defender a vida sob quaisquer circunstâncias – o que pode soar uma obviedade. Como é possível combater a proliferação do coronavírus – o caso em evidência – se as pessoas circulam feericamente nas grandes cidades?
Um exemplo importante, e ao mesmo estratégico, partiu da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) que, juntas, assinaram o manifesto à sociedade brasileira, aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, divulgado pela Iniciativa FIS (Fórum Inovação Saúde). As entidades declararam defender as medidas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que pregam o isolamento social.
A CNseg e a FenaSaúde consideram o que observadores mais atentos da pandemia advertiram inúmeras vezes: o isolamento da população é capaz de conter a evolução da doença e, consequentemente, reduzir o número de mortes que pode acometer a todas as faixas etárias, embora mais prevalente nos idosos. A despeito dos efeitos nefastos na economia, outra constatação igualmente óbvia é que nenhum sistema de saúde minimamente constituído poderia suportar uma avalanche no número de casos. Seria uma gravíssima tragédia anunciada e muito pior do que a crise na produção de matérias-primas e investimento na infraestrutura, por exemplo.
O coronavírus que devasta a Itália e agora a Espanha está obrigando as autoridades a se desdobrarem em esquemas de proteção. O norte da Itália e a região da Catalunha vivem um pesadelo que desafia as autoridades. O desafio é o seguinte: ou há um processo de desaceleração no número de infectados que lotam os hospitais ou haverá colapso iminente no sistema de saúde destes dois países. Há, ainda, a França e Inglaterra – só para mencionar as nações europeias.
Várias autoridades do mercado de seguros estão fazendo o que podem nesse combate contra o vírus. Aguarda-se para abril o ápice da contaminação, exigindo de todos os atores estrita colaboração. Inclusive quem tem mais de 60 anos deve se precaver ainda de forma mais intensa, independentemente do cargo ou posição na empresa. Todo cuidado será pouco! (Foto: Andrea Piacquadio/Pexels)
Carlos Alberto Pacheco
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